Revista

As bailarinas bebês

postado em 18/12/2011 08:00
Zuleika de Souza (texto e fotos)


Todo fim de ano, as escolas de balé da cidade encerram o ano letivo com apresentações nos principais tablados da capital. Com quase 50 anos de história, a academia Lúcia Toller, que fica na unidade de vizinhança modelo e já formou várias gerações de bailarinas, não deixa de mostrar seus talentos. As meninas começam no Baby Class aos 3 anos de idade. As pequenas, vestidas com seus tutus (a saia de tule tradicional das bailarinas), encantam os passantes da 108/308 Sul.


No último fim de semana, a sala Villa-Lobos foi o palco para apresentação da academia. Na porta do teatro, o clima já era diferente: bancas com vendedores de buquês florais e com bailarinas de vidro, gesso, plástico, pano etc. provocavam o consumo dos amantes da antiga arte. Um balé cômico de mais de duzentos anos, La fille mal gardée, foi o escolhido. Quando as pequenas sapatilhas pisaram na Villa-Lobos, a plateia quase veio abaixo. As meninas, umas tímidas, outras confiantes e quase todas sorridentes, executaram com graça as coreografias. As pequeninas se fantasiaram de patinhas, ovelhinhas, pôneis e florzinhas. A ansiedade dos pais animava o público, uma verdadeira torcida organizada. A magia do balé se materializou no Teatro Nacional, transformando as bebês em bailarinas.



Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação