São Paulo - Quarto dia de apresentações na passarela do SPFW e mais uma aposta se confirma: as peles, pelos, pelúcias,e variações peludas, vão te aquecer nos dias frios.
Hoje, Fause Haten abriu seu desfile com um modelo masculino que vestia uma jaqueta com detalhes em pele. Em seguida, entrou mais uma modelo vestida com um exuberante casaco preto do mesmo material. E vieram outras. As peles de FH apareceram em forma de coleiras e cachecol. Elas foram usadas com vestidos de festas e saias brilhantes.
A mesma aposta foi confirmada em outras coleções. A Osklen, a seu estilo mais esportivo e minimalista, apresentou robustos casacos com capuz em pelúcia colorida. Tanto para eles como para elas.
Os pelos aparecem tanto nas roupas esportivas como nas produções de festa. Reinaldo Lourenço, que se inspirou nos misteriosos cenários medievais, mesclou tecidos finos com arremates de peles felpudas em capuzes. Elas também foram usadas em casacos mais pesados, assim como seu filho Pedro Lourenço fez. O jovem desenhou casacos completamente cobertos com pele. Um modelo ideal para a coleção criada por ele, inspirada nas paisagens gélidas na América do Sul.
Até as noivas ganharam o visual felpudo. Samuel Cirnansck, inspirado pelo estilo Cisne Negro, criou vestidos bordados com detalhes em gazar de seda desfiado. O resultado foram longas caldas, casacos e saias com aspecto de pelo de verdade.
Quem parece não ter aprovado muito a moda das roupas peludas são os defensores dos animais. Desde sábado, um grupo deles está na frente da Bienal, no Parque do Ibirapuera, onde acontece o evento, distribuindo panfletos contra a matança dos bichos para incrementar a moda. Eles colocaram coelhos e raposas brancas feitas de isopor no gramado do prédio. A ideia era mostrar a fragilidade dos animais diante de consumismo fashion. Até agora, sabe-se que Reinaldo e Pedro usaram peles naturais, como confirmou a assessoria de ambos.
