Revista

Para o santo

postado em 29/01/2012 08:00
Texto e fotos por Zuleika de Souza

;Vó conheceu vô nessa festa...; Enquanto mãos de todos os tamanhos enrolam biscoitos para a festa de São Sebastião, as mulheres da comunidade rural de Monjolo-Planaltina soltam histórias como essa. Quem contou essa foi Cássia, da família Castro, pioneira na região. A pequena comunidade tem muita casos para contar. Viriato de Castro foi guia da Missão Cruls, seu neto, também Viriato, ainda vive na centenária Fazenda Monjolo. Ele ajudou a construir Brasília e a demarcar a linha norte do DF. Durante a novena que antecede a festa de São Sebastião, mulheres de várias gerações e alguns homens passam as tardes em um galpão da capelinha do santo. À noite tem reza. As tardes são momentos para atualizar as fofocas do ano, gargalhadas correm soltas. No forno de lenha, os famosos biscoitos do Monjolo ; quebrador, peta e biscoitinho de queijo ; espalham o cheiro por todo lugar. No fogão, dezenas de litros de leite cozinham por horas para virar um cremoso doce. Na reza, tem janta feita a várias mãos no galpão. Lá, também chegam a todo momento as doações para a festa: galinhas vivas , boi, queijos, farinhas, ovos... São Sebastião está em toda parte. A devoção é grande, vários milagres na região são atribuídos a ele. A festa mesmo dura três dias , com shows de música sertaneja, leilões, procissão e almoço. Planaltina tradicional baixa em peso no Monjolo. Mas as tardes para fazer a ;comidaiada; são a melhor parte da festa.





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