O ambiente hermético do Setor Bancário Sul parece não dar lugar à contemplação. Os prédios enormes, um contraponto aos modelos residenciais das asas de Brasília, dão uma impressão de que, ali, a pressa comanda. Nem mesmo o horário de comer deve ser levado em consideração. Ainda bem que isso é apenas uma sensação. E a chef Patrícia Leão entendeu que esse clima workaholic não deve ser levado tão a sério.
Em meio a tantos ternos e gravatas, o restaurante Flor de Açafrão vende qualidade de vida. Apesar de não ser natureba, naquele sentido que os detratores adoram usar como forma a depreciar a alimentação mais saudável, sua cozinha aposta em um cardápio que tenta levar, sim, mais saúde a quem come. E, quando imaginamos os tais engravatados que circulam por ali, acaba sendo uma vantagem para eles também. "O restaurante está situado numa área que agrega diversas empresas, não só bancos. E a gente busca oferecer uma dieta específica para quem procura se alimentar bem dentro do horário de trabalho", explica.
"Nosso cliente não busca a alta gastronomia, mas uma comida que seja rica, variada, colorida e, sobretudo, saudável." O restaurante oferece saladas orgânicas. Também dispensam-se as frituras e o uso de gorduras é controlado. Nem mesmo na confeitaria do local, que serve mais de 20 tipos de doces, são usadas gorduras hidrogenadas. Ouvindo aqui e acolá, ela vai adaptando seus pratos. Diz que essa é a forma ideal de fazer boa comida. "A gente tem que ouvir e interagir."
Leia essa matéria na íntegra, na edição impressa da Revista n; 388, e aprenda a fazer o camarão com abóbora e a torta Flor de Açafrão.