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Capital glamourosa

Nomes importantes da moda marcam presença no DF. A top Alessandra Ambrósio veio pessoalmente lançar sua coleção aqui, e o escocês Jonathan Saunders escolheu a cidade como primeiro ponto de vendas no país

postado em 09/12/2012 08:00

Nomes importantes da moda marcam presença no DF. A top Alessandra Ambrósio veio pessoalmente lançar sua coleção aqui, e o escocês Jonathan Saunders escolheu a cidade como primeiro ponto de vendas no país

Brasília está cada vez mais no radar internacional. A cidade tem recebido produtos de designers superimportantes do mundo inteiro, diversificando a mercadoria de moda encontrada por aqui. Esses nomes são atraídos pelo poder de compra dos consumidores brasilienses, que, segundo o IBGE, detêm o maior PIB do Brasil. Por outro lado, as lojas da cidade estão mais conectadas com as novidades que vêm de fora e correm atrás de grifes baladas para atrair a clientela mais exigente.

A Revista conversou com dois nomes internacionais que escolheram Brasília como um dos principais pontos de vendas de seus produtos. São perfis diferentes, mas ambos são destaques no mercado fashion. Um deles é o estilista escocês Jonathan Sauders, que, em março do próximo ano, coloca suas peças elegantes, coloridas e modernas ; que atraem todas as celebridades fashionistas ; à venda na Magrella. Ele elegeu a cidade como a primeira distribuidora de suas peças no Brasil. Na semana passada, foi a vez de a top brasileira Alessandra Ambrósio ; conhecida por protagonizar os desfiles da Victoria;s Secret ; desembarcar na capital para lançar sua coleção para a Colcci. Além da cidade, apenas Rio de Janeiro e Salvador contaram com a presença vip da modelo. As peças são inspiradas no invejado guarda-roupa da beldade, que aparece constantemente nas revistas de celebridades e de moda do mundo afora.

De todas as modelos brasileiras que fazem sucesso no exterior, Alessandra Ambrósio, sem dúvida nenhuma, é uma das que melhor vende o seu lifestyle. A top é fotografada, com frequência, passeando com os filhos, Anja e Noah, fazendo compras ou andando pelas ruas de Los Angeles. Foi assim que as pessoas começaram a prestar mais atenção no que ela vestia e considerá-la um ícone de estilo. Suas roupas são sempre joviais, que misturam um pouco de boho e de rock; n; roll.

A bela já trabalhou com os principais nomes e marcas da moda mundial, como Dolce & Gabbana, Loewe, Christian Dior, Calvin Klein, Prada, Louis Vuitton. Ela faz parte do grupo de modelos que sustenta um estilo de vida mais natural, alegre e sexy. Este ano foi destaque na cerimônia de encerramento das Olimpíadas em Londres, escolhida para representar a mulher brasileira e sambar com o cantor Seu Jorge.

Com tantas pessoas querendo se vestir como Ambrósio, a Colcci viu uma oportunidade de lançar uma minicoleção em conjunto com ela, que já é a garota propaganda da marca. A linha é toda inspirada no estilo da modelo. São 42 peças que custam entre R$ 49 a R$ 1.000. A linha foi criada em Itajaí (SC), com a colaboração de Adriana Zucco, estilista da Colcci.

Se Alessandra estreia como estilista, o escocês Jonathan Saunders está no mercado desde 2002, quando apresentou a sua coleção final na famosa na faculdade de moda Central Saint Martins, em Londres. Desde então, trabalhou com Alexander McQueen, Phoebe Philo ; na época, que ela dirigia a Chloé ; e para Christian Lacroix, na Pucci. Mas ele é pouco conhecido no grande circuito. As suas roupas, entretanto, estão sendo descoberta, por queridinhas da moda como Michelle Obama, Serena Miller, Emma Stone, Zoe Saldana e até a princesa Kate Middleton. Todas se apaixonaram pelas estampas que ele próprio desenha. Um de seus vestidos também apareceu no desfile de moda da cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Londres.

A exposição abriu novos caminhos. Nesses 10 anos, Saunders abriu pontos de venda em mais de 30 países, além de ter lançando sua loja on-line. O seu próximo destino é o Brasil. Ele desembarcou em São Paulo, no início de novembro, para pesquisar o mercado nacional. Mas decidiu fechar negócio com a brasiliense Magrella.



Uma palavrinha com Alessandra Ambrósio

Você já trabalhou com vários estilistas famosos. Aprendeu alguma coisa com eles que acabou usando na hora de criar suas peças?

Claro! O fitting da roupa me preocupava bastante. Sou bem exigente com a forma das peças vestirem. Mas a Colcci sempre teve uma modelagem maravilhosa. É uma das melhores marcas que tem no Brasil.

Recentemente, você também trabalhou com a Melissa e fez uma linha de sapatos. Essa é uma nova fase da sua carreira?

Eu quero fazer uma transição. Quero ter algo a mais, além de fotografar. Não sei qual seria a próxima fase da minha carreira. Por enquanto, estou só experimentando.

Entre todas as modelos brasileiras que trabalham no exterior, você é a que mais aparece nas revistas de celebridades. Esse status ajuda ou prejudica a sua carreira?

Agrega e afeta. Tem uns pontos altos e baixos na minha vida e na carreira. A minha privacidade, por exemplo, não está sendo mais respeitada. Meus filhos também ficam muito expostos. As pessoas agora sabem tudo o que acontece no meu dia a dia. Mas em outra mão, muitas pessoas procuram parcerias comigo, justamente por eu estar sendo vista. Acho que para a minha marca isso é bom. Porque as pessoas conseguem ver o meu estilo. Mas depende, se eu sair de Uggs (marca de uma bota que os americanos usam no inverno) um dia de cara amassada, é terrível! (risos).

Uma das suas características é ser um símbolo sexual. Você se vê diferente depois da maternidade? As pessoas lhe veem diferente?

Espero que não! (risos) Tem hora e lugar para ser sexy e hora para ser mãe. Eu não vou ao colégio da minha filha me vestindo supersensual. Sou modelo da Victoria;s Secret, mas não fico andando de lingerie por aí! Na hora que eu estou com os meus filhos, tenho que me vestir como mãe.


Nomes importantes da moda marcam presença no DF. A top Alessandra Ambrósio veio pessoalmente lançar sua coleção aqui, e o escocês Jonathan Saunders escolheu a cidade como primeiro ponto de vendas no paísBate-papo com Jonathan Saunders


Como você acha que suas roupas se encaixam no estilo de vida dos brasileiros?

Somos povos muito parecidos, por incrível que pareça. Vocês têm uma alegria e um calor ao receber que é muito parecido com o dos escoceses. Não se encontra um povo assim em qualquer lugar do mundo. Por isso, tento passar essa característica para a minha roupa e para as minhas estampas. Nesse meio comum de nossas culturas, acredito que minhas criações vão agradar as brasileiras. Mas quem tem que me dizer se elas gostam das minhas peças são vocês. Eu espero que sim.

Por que resolveram vender no Brasil?

É um novo mercado que me interessa muito. No exterior, fala-se muito sobre o poder econômico do país, sobre o desenvolvimenro social e também sobre a diversidade da cultura. Sempre quis trazer a marca para a América Latina. Mas o contato com a Alice Ferraz acelerou esse processo e nos trouxe ao Brasil. Ao chegar aqui, porém, fiquei espantado com o valor dos impostos e também com o fato de existirem tão poucas multimarcas que vendem peças internacionais. Sou um pequeno designer ainda, não tenho a minha loja própria, mas espero que tenha um espaço aqui que posso conquistar.

As celebridades descobriram as suas roupas ou você buscou essa parceria?

Acho que é uma mão de duas vias. Às vezes, elas me procuram e, às vezes, eu nem sei que elas estão usando. Uma coisa é uma parceria em um tapete vermelho, que é uma colaboração entre nós e a atriz. A Michele Obama, por exemplo, eu vi nas fotos como todo mundo. Fiquei sabendo que ela comprou na Ikram (uma loja multimarcas em Chicago), onde normalmente compra roupas.

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