Revista

Cachorro (e gato) quente!

Na época de frio, os animais de estimação ficam mais vulneráveis a doenças respiratórias. Agasalhe o seu amigo, aprenda a identificar os sintomas e evite problemas

postado em 19/05/2013 08:00
Na época de frio, os animais de estimação ficam mais vulneráveis a doenças respiratórias. Agasalhe o seu amigo, aprenda a identificar os sintomas e evite problemasO clima esfria, a secura brasiliense aperta e traz consigo os espirros e a tosse. Devemos estar atentos para evitar as gripes e curtir o frio da melhor forma possível. Mas, antes de se embrulhar nas cobertas e embarcar em um filminho com chocolate quente, que tal dar uma atenção aos seus companheiros de lar? Cães e gatos estão tão expostos aos problemas de saúde trazidos pelo clima quanto os humanos. As baixas temperaturas deixam os animais de estimação mais predispostos a complicações respiratórias.

O veterinário Rafael Silva de Souza explica que o focinho tem a função de aquecer o ar que os bichos respiram. Nas épocas frias, o mecanismo não é suficiente e a inalação do ar gelado irrita o sistema respiratório superior, expondo o pet a infecções. O veterinário esclarece que sintomas como secreção nasal, lacrimação excessiva, febre, perda de olfato, que acaba trazendo também a falta de apetite, e espirros são comuns em cães e gatos.

A tosse seca é mais incidente nos cães devido à traqueobronquite, popularmente conhecida como tosse canis ou tosse dos canis. A veterinária Camila Albuquerque conta que muitos donos relatam vômitos, que são na realidade uma gosma. "Isso é sinal da inflamação pulmonar e ocorre em um estágio mais avançado da tosse canis", explica. Já em gatos, a enfermidade mais comum nesta época do ano é a rinotraqueíte, causada por um vírus que se aproveita da debilidade que o frio traz ao sistema respiratório do animal. Camila acrescenta que gatos acabam adoecendo menos porque, geralmente, vivem dentro de casa e apartamento, ficando assim mais protegidos do frio que os cães enfrentam em canis, por exemplo.

Uma vez que o animal apresente alguns desses sintomas, mudanças de apetite ou prostração, o veterinário deve ser procurado imediatamente, como fez a aposentada Maria Helena Alves Garcia. Seu cão, o Valente, tem 13 anos e ajuda a cuidar da chácara onde vivem, à noite. E, como não gosta de ficar preso, o vira-lata acaba passando muito tempo exposto ao frio. "É difícil evitar. Por sua natureza, ele gosta de estar junto do mato, é muito resistente ao canil." Para protegê-lo, Maria Helena recorre à vacina da gripe e, sempre que Valente parece estar debilitado, o leva ao veterinário.

Rafael Souza explica que o tratamento geralmente é feito com antibióticos, anti-inflamatórios, broncodilatadores, descongestionantes e expectorantes. Veterinários alertam sobre a importância do tratamento para que gripes, rinotraqueítes e traqueobronquites não acabem evoluindo para problemas mais sérios, como pneumonia ; o que pode levar o animal à internação e exige tratamentos mais sérios, como a oxigenoterapia e a nebulização.

Leia a íntegra da matéria na edição interna

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação