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Mau hálito em pets

O odor ruim pode ser sintoma de algo mais sério. Na dúvida, consulte o veterinário

postado em 14/07/2013 08:00
O odor ruim pode ser sintoma de algo mais sério. Na dúvida, consulte o veterinário
Muitas vezes, estamos brincando com nossos cães e gatos e sentimos um odor desagradável. A sensação não é nada boa e a nossa primeira reação é afastá-los e não dar tanta atenção ao problema. É que o mau hálito não é exclusividade dos humanos. Mas o que fazer? A maioria das pessoas opta por dar algum alimento que neutralize o odor momentaneamente e acha que está resolvido. De acordo com o médico-veterinário Marcello Roza, esse é um erro comum, que mascara problemas maiores.

O veterinário explica que o hálito forte é sempre consequência. Em cães e gatos, a principal causa é a doença periodontal, caracterizada pela alta incidência de placa bacteriana. O mal atinge cerca de 85% dos bichos com mais de 3 anos, avalia o especialista. Algumas espécies têm predisposição genética, o agravamento do quadro, porém, decorre da falta de escovação.

"A placa leva de 24 a 48 horas para ser formada. Depois disso, ocorre a calcificação e a formação do tártaro", explica a veterinária Lívia Amaral Dreer. Ela ressalta a importância da escovação diária e do tratamento de eventuais inflamações na gengiva do pet (frequentemente, elas levam à extração de dentes). Em casos extremos, o próprio osso da mandíbula fica fragilizado. "Perder um dente é o mínimo, o risco de ter algo mais sério é muito alto", completa Marcello. O pior cenário ocorre quando as bactérias entram na corrente sanguínea, espalhando a infecção pelo corpo, com consequências terríveis para coração, pulmões e rins.

Logan, um cão da raça lulu da pomerânia hoje com 6 anos, foi vítima da doença periodontal em seu segundo ano de vida. "Ele começou com o mau hálito e os dentes amarelados", conta o seu dono, o empresário Marcos Vinícius de Oliveira, 31. Logan acumula muita placa bacteriana. Quando era filhote, o problema era amenizado por brinquedos de morder que ajudam a limpar os dentes, mas com o tempo o cão perdeu o interesse nas brincadeiras. Marcos conta que só percebeu que algo estava errado após ser alertado por um veterinário. Infelizmente, a doença periodontal já estava em um estado avançado.

Marcos conta que ficou preocupado, pois seu pet precisou passar uma limpeza mais profunda, que exige sedação e envolve alguns riscos. Hoje, o empresário não descuida da escovação. "É muito corrido, faço sempre que possível, pelo menos quatro vezes por semana", explica. A prevenção de Logan conta também com uma limpeza no veterinário a cada um ou dois anos, além de alguns artifícios que ajudam, como uma substância que adicionada à água do animal amolece a placa e facilita a retirada na escovação e o chew, tiras mastigáveis que ajudam a remover as bactérias.

Leia a reportagem completa na edição n; 426 da Revista do Correio.

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