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Os espelhos são, ao mesmo tempo, utilitários e decorativos. Saiba o que levar em consideração na hora de escolhê-los

postado em 07/09/2014 08:00

Os espelhos são, ao mesmo tempo, utilitários e decorativos. Saiba o que levar em consideração na hora de escolhê-los

Eles são famosos por ampliar os espaços e até por repelir as energias negativas. Mas, para acertar na escolha do espelho, é importante levar em conta algumas características desses poderosos itens da decoração. Quando o objetivo é simplesmente refletir o morador, não há o que se discutir: o objeto é essencial e vai bem em closets e nas portas de armários. Nesses casos, um dos primeiros cuidados deve ser com a coloração. "É melhor usar o tipo incolor, porque o bronze distorce as cores e acaba não sendo muito útil para olhar as roupas", aconselha a designer de interiores Ana Valéria Valle.

Se o objetivo é alegrar a casa, vale sair do óbvio e combinar espelhos de tons diferentes. Além dos estilos mencionados por Ana Valéria, o acinzentado fumê e o prata são opções interessantes. Outra alternativa para criar dinamismo é investir em tamanhos e formatos variados, com a devida prudência. "O uso em excesso pode cansar a visão porque o espelho multiplica todas as informações do ambiente. O aspecto se torna pesado se existirem muitos detalhes", explica a designer.

As molduras são outro artifício capaz de mudar a aparência dos espelhos, com detalhes mais rústicos, clássicos ou modernos. Alguns acabamentos se destacam no mercado: o bisotado, quando as bordas são cortadas com uma angulação que gera um efeito elegante e delicado, e os jateados, com desenhos e formas feitas com jatos de areia.

Os espelhos são, ao mesmo tempo, utilitários e decorativos. Saiba o que levar em consideração na hora de escolhê-los

Na hora da compra, deve-se estar atento à espessura do vidro, que pode ir de 2mm a 12mm. Se a área coberta for grande ou estiver muito exposta, é recomendável usar modelos mais grossos. Algumas marcas investem em recursos para aumentar a durabilidade, como dupla camada de tinta de proteção.

Se bem preservadas, as peças podem se tornar verdadeiras relíquias. Um dos principais cuidados da manutenção é não abusar da água. "Ela pode provocar mofo, escurecer o espelho e danificar até a parede", alerta Bruno Alexandre de Jesus, proprietário de uma vidraçaria. Ele recomenda que a limpeza seja feita com álcool e um pano macio. A palha de aço também é eficiente, mas deve ser empregada sempre seca, pois, molhada, pode riscar a superfície.

Na hora da fixação na parede, colas muito ácidas ou alcalinas precisam ser evitadas. A sustentação do espelho deve ser bem distribuída para garantir que ele continue plano. Caso contrário, as imagens ficarão distorcidas.

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Você sabia?
Os espelhos sempre estiveram associados ao misticismo, e o azar provocado pela quebra do objeto está presente em diferentes culturas. Umas das crenças era a de que eles capturavam ou representavam a alma, e um dano ao objeto resultava em má sorte. A duração de sete anos foi atribuída pelos romanos, que acreditavam que o período corresponde a um ciclo vital. A superstição também se adequava perfeitamente a motivos econômicos. O medo era uma forma de incentivar o cuidado dos servos com as peças (à época, muito caras).

Para os ideais do feng shui, técnica chinesa de harmonização dos ambientes, esses artefatos têm importantes funções. De acordo com o método, cada área do lar corresponde a outra da vida, como trabalho, relacionamentos e amigos. Elas devem estar com o tamanho, o formato e outras condições para formarem um ambiente equilibrado e agradável. "Os espelhos podem expandir os espaços e, com isso, serem usados para completar um lugar que esteja com falta de energia ou outro aspecto inadequado" explica a consultora Iris Hendges, que também avisa sobre os perigos do objeto. Dependendo do que refletir, ele traz sensações positivas ou negativas para dentro da casa.


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