Em tempos de crise, Patrícia Viera conta que pela primeira vez considerou os custos no momento da criação de sua coleção. As flores e folhagens são predominantes nas peças. Saias e vestidos evasê, assim como conjuntos, fazem sucesso na apresentação das peças. As modelos passeiam por uma casa na qual as peças ficam expostas pelos cômodos.
Com o tornozelo machucado e sem poder viajar para o sul do país, de onde vem o couro que é matéria prima de suas peças, a estilista se preocupou quando o material não chegou. "Comecei a me desesperar, eu não tinha como ir lá e o couro não chegava. Eu resolvi entrar no almoxarifado da minha fábrica e ver o que eu tinha e o que era possível fazer com aquilo", conta.
Os recortes nas peças também foram pensados dentro do custo. Ela explica que os lasers usados são mais viáveis nesse caso. "Essa foi a primeira que trabalhei com o custo do meu lado e deu muito certo, eu não precisei limitar em nada a minha criatividade", completa. Patrícia afirma que vive o mesmo momento que todo o país e que parte das suas clientes: a crise. "Eu sou indústria e isso é muito difícil para mim", finaliza.