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Sequência de Final Fantasy para PSP garante sobrevida ao portátil

postado em 03/05/2011 19:08
Desde seu lançamento, em 2005, o PlayStation Portátil (PSP) sempre foi mais afeito à qualidade do que quantidade, tendo poucos mas excelentes títulos de destaque. Com o próximo portátil da Sony a caminho, é natural que o PSP esteja esquecido pelas produtoras ; mas isso não significa que ele não tenha mais lenha para queimar. Quem prova é o jogo de luta Dissidia Duodecim: Final Fantasy, lançado no fim de março pela Square Enix.

Duodecim (doze, em latim) é a sequência do primeiro Dissidia, lançado em 2009 para o próprio PSP e uma espécie de encontro dos sonhos para quem é fã de Final Fantasy. O game contém os personagens principais de praticamente todos os games desta famosa franquia de RPGs, que se encontra na 14; edição ; curiosamente, a única não representada neste jogo.

Final Fantasy: Dissidia 012 alia a estratégia dos RPGs à agilidade dos jogos de lutaEm um tipo de game como este, a principal novidade está no elenco. Da gama de populares personagens da série, fazem sua estreia os protagonistas Lightning (FFXIII), Yuna (FFX) e Vaan (FFXII), os populares coadjuvantes Tifa (FFVII), Laguna (FFVIII) e Kain (FFIV), além de Prishe (FFXI) e o espadachim Gilgamesh (FFV). Além dos novatos, todos os lutadores do primeiro jogo estão de volta.

Embora seja uma sequência, Duodecim se passa antes do primeiro Dissidia. O pretexto é o mesmo: herois e vilões de várias dimensões foram convocados para lutar ao lado de Cosmos ou Chaos, deuses que representam o bem e o mal. Assim como no game anterior, o enredo é raso e não vai muito além deste conflito, se preocupando mais em agradar os fãs com cenas curtas entre os lutadores. Para um game de luta, seria o suficiente, mas considerando que ele é baseado em uma franquia como Final Fantasy, cuja mitologia é riquissima em detalhes e referências, poderia ser melhor.

Tudo isso está reunido no modo campanha, que é o carro-chefe do jogo. Dessa vez, as inúmeras sequências de batalha e monólogos estão intercalados por um grande mapa, assim como nos clássicos RPGs da série. Não é um grande avanço. Mas, pelo menos, é mais interativo do que o enfadonho tabuleiro de seu antecessor.

Jogabilidade
Por outro lado, a jogabilidade continua boa, e recebeu poucas novidades. Você deve prestar atenção em dois valores importantes: HP e Bravery. Enquanto o primeiro é a vida do personagem, o segundo é quanto de dano ele vai causar com seus golpes.

Com isso, o game consegue aliar de forma interessante a ação dos games de luta com o pensamento tático dos RPGs. A principal mudança das lutas de Duodecim está no sistema de assistências. Você pode chamar um segundo personagem, que serve tanto para complementar uma sequência de golpes quanto para te salvar se você estiver apanhando feio.

Fora as batalhas contra o computador, Dissidia oferece uma gigantesca lista de coisas desbloqueáveis, que vão de imagens da série a itens para equipar durante o modo campanha. Ao terminar o jogo, você também pode jogar a campanha do primeiro Dissidia, com todas as inovações de Duodecim, o que já garante mais cerca de 40 horas de aventura, além das outras 40 que a campanha principal do jogo já tem.

Além disso, o game também oferece um modo em que você pode criar campanhas de jogo, editando os diálogos e quais lutadores você vai encontrar no caminho. Você pode compartilhar suas criações e baixar aventuras feitas por outros jogadores.

Tendo basicamente tudo que o primeiro game tinha (além de novos personagens e modos de jogo), Dissidia é o tributo definitivo para os fãs de Final Fantasy. Mesmo para quem não conhece a série, o jogo possui uma mecânica inovadora e difícil, porém viciante. É bom para passar as horas no PSP, que deve ver cada vez menos títulos com essa qualidade nos próximos meses.

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