Tecnologia

Brasileiro desenvolve malha antimicrobiana que pode reduzir contaminações

Nova vestimenta pode diminuir proliferação de bactérias em hospitais

Gustavo Werneck/Estado de Minas
postado em 27/02/2013 06:02 / atualizado em 19/10/2020 14:52



Belo Horizonte — É um tecido feito para impedir a proliferação de bactérias, tornar mais confiável o ambiente hospitalar e ainda ajudar a natureza. A roupa criada com o objetivo de proteger a saúde — pensada especialmente para uniformes de médicos e enfermeiros, além de roupas de cama de hospitais — é obra do brasileiro Lucas Bernardes Naves, 25 anos, formado em design de moda pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec) e mestre em design têxtil pela Universidade de Beira Interior, em Covilhã, Portugal. Vivendo atualmente entre Portugal, Espanha e Holanda e envolvido em projetos na área de tecidos inteligentes, o designer explica que o objetivo de seu trabalho é oferecer um substituto para a tradicional fibra de algodão, mais suscetível ao ataque de fungos e bactérias, e, assim, diminuir casos de contaminação em hospitais. O resultado da pesquisa, diz, trará mais bem-estar e segurança para os pacientes.

A malha foi criada a partir do chitosan, um agente antimicrobiano encontrado no exoesqueleto de crustáceos. O produto, 100% natural e renovável, é aplicado sobre a fibra de cânhamo, já usada na confecção de vestimentas. Foram investigados outros agentes, mas nenhum mostrou-se mais eficiente. “(Com o chitosan), tivemos uma atividade antimicrobiana de 99,98%. E ele se mostrou muito eficiente contra a bactéria Staphylococcus aureus, uma das mais encontradas nos hospitais e que pode causar muitas doenças”, acrescenta Naves.

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