Tecnologia

Pesquisadores desenvolvem espectrômetro de ressonância magnética

O equipamento, que detalha a composição dos materiais, pode beneficiar diversas áreas, da saúde à aviação

Roberta Machado
postado em 07/02/2014 07:10
Pesquisadores brasileiros desenvolveram um aparelho de análise de materiais que chama a atenção por sua versatilidade, podendo ser programado de acordo com a aplicação desejada. O novo espectrômetro de ressonância magnética digital, criado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), tem funcionamento mais amigável e eficiente que outros equipamentos do tipo e pode mudar de função para uso em áreas como aeronáutica, agronomia, medicina, pecuária e ciências dos materiais.

Os espectrômetros são uma espécie de leitores das propriedades físico-químicas dos objetos. A possibilidade de uso do equipamento é, portanto, imensa. Em um laboratório de química, por exemplo, funciona como um instrumento analítico de ressonância magnética. Já uma instituição especializada em agricultura pode usar o mesmo aparelho para buscar danos em sementes ou medir a quantidade de açúcares em frutas. E uma empresa de aviação, por sua vez, consegue detectar contaminações por óleo ou querosene em asas de aeronaves. O dispositivo pode, ainda, fazer o papel de um relaxômetro, usado pela indústria petrolífera para analisar o estado de amostras ou a porosidade de rochas.

De acordo com os responsáveis pelo projeto, no entanto, a maioria dos espectrômetros produzidos atualmente tem funcionalidade limitada a hospitais e laboratórios médicos. O setor com uma necessidade diferente precisa investir grandes quantias para adaptar um aparelho tradicional. No caso do dispositivo da USP, a plataforma pode ser modificada rapidamente e sem dificuldades. ;O sistema é capaz de desempenhar diferentes funções de maneira mais amigável e eficiente que um espectrômetro convencional. Além disso, um mesmo conceito de hardware poderá ter diferentes aplicações, customizadas segundo a necessidade, sem perder a generalização;, compara Alberto Tannús, líder do projeto e coordenador do Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) do IFSC.

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