Tecnologia

Casa inteligente pode se tornar um risco pelo detalhamento de informações

Quando acionados, dispositivos de automação residencial lançam na rede informações que revelam os hábitos dos moradores, como horário em que o lar está vazio e quais cômodos são mais frequentados

Roberta Machado
postado em 06/08/2014 08:58
Programas de automação residencial têm uma grande variedade de aplicações. Com eles, é possível programar o fornecimento de água para plantas, o funcionamento de janelas, portas, luzes e, claro, de alarmes e trancas de segurança. Esses equipamentos ganham popularidade por economizar energia elétrica, poupar tempo e assegurar a proteção da casa. Mas, cada vez que são acionados, lançam na rede um detalhado relatório de seu trabalho. Quem tiver acesso a essa informação pode descobrir os horários em que a casa está vazia, que cômodo é mais usado e até mesmo a hora em que os moradores acordam e vão dormir.

Um estudo realizado na Alemanha mostrou que casas inteligentes estão vulneráveis a ataques de invasores, podendo revelar padrões de comportamento dos proprietários a pessoas mal intencionadas. Para testar a vulnerabilidade desses sistemas, os pesquisadores levaram um simples minicomputador para o lar de dois voluntários equipados com dispositivos automatizados. Em poucos dias, conseguiram descobrir importantes padrões de comportamento dos moradores, como os horários em que deixavam a casa e os padrões programados para aquecer e ventilar a residência.



Os dados foram usados para construir padrões de comportamento, que depois foram confirmados diretamente com as pessoas espionadas. Ao interpretar as informações interceptadas, os cientistas conseguiram descobrir quantos aparelhos conectados tinham nas casas, a hora em que a segurança da porta era acionada e as temperaturas programadas para a ausência dos moradores.

Sem criptografia

De acordo com o especialista da instituição alemã, qualquer invasor com um conhecimento necessário poderia acessar a maioria dos sistemas automatizados sem precisar entrar na casa. Basta acessar os dados wireless com um computador de R$ 300 e interpretar as informações que as máquinas deixam escapar. Depois de colocar o receptor no jardim ou em outro lugar próximo à residência, o criminoso poderia passar dias e até meses colhendo informações sobre os hábitos dos moradores e usá-las em um programa de análise.

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