Tecnologia

Pesquisadores criam robôs que realizam trabalhos complexos em conjunto

O projeto, da Universidade de Harvard, foi inspirado na ação de formigas e abelhas

Roberta Machado
postado em 20/08/2014 09:55
Kilobots, pequenos robôs que trabalham em um sistema colaborativo de enxame

Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, construíram um exército de robôs que se comporta como uma colônia de insetos. São mais de mil dispositivos pouco maiores que uma moeda e que deslizam como uma grande massa eletrônica para se organizar em diferentes formas pré-programadas. Os kilobots, como são chamados, são um importante passo para o desenvolvimento de máquinas que trabalham em grupo para cumprir diferentes tarefas sem a intervenção de um humano.

A robótica de enxame é uma área de pesquisa testada por engenheiros desde aos anos 1980 para o desenvolvimento de sistemas robustos. No entanto, até então poucos trabalhos conseguiram coordenar mais do que uma centena de equipamentos em uma mesma tarefa. Os robôs de Harvard também já haviam sido apresentados ao público há três anos, quando os pesquisadores colocaram 25 dessas máquinas para andar em conjunto. Desta vez, o pesquisador Michael Rubenstein e sua equipe foram capazes de programar 1.024 robôs para se unir em todo tipo de configuração, seja a forma de uma letra, seja de ícones mais complexos, como uma estrela.

A programação das máquinas permite que elas se movam de forma dinâmica, adaptando-se a imprevistos. Os robôs foram programados com um algoritmo pelo qual eles se localizam, seguem uns aos outros e se organizam de forma fluida. Quando começa a se deslocar, o dispositivo não sabe exatamente qual é seu papel no grupo, mas vai ajustando a própria posição de acordo com a necessidade. Ao notar que um robô está atrapalhando a missão, o grupo corrige a falha e se adapta para compensar o problema.



As máquinas perfeccionistas continuam esse trabalho indefinidamente, sempre tentando criar uma formação idêntica à que foram programadas para construir. ;Inicialmente, o algoritmo não funcionou como planejávamos, então tivemos de nos concentrar para melhorá-lo e obter os resultados que queríamos;, revela Michael Rubenstein. O mesmo programa poderia ser usado, de acordo com o pesquisador, para controlar um exército muito maior de robôs, mas, nesse caso, a tendência seria que os enxames mecânicos se tornassem lentos.

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