Tecnologia

Sem regulamentação, famosos drones oferecem riscos e benefícios

Criados para combates militares, os drones adquirem novas funções e mostram cenários surpreendentes

postado em 26/08/2014 09:56
Imagem aérea feita com um drone do Memorial JK

Na quinta-feira da semana passada, três homens foram presos de madrugada em frente a uma penitenciária em Guarulhos, na Grande São Paulo. Eles estavam tentando entregar 18 celulares, nove carregadores e quatro fones de ouvidos aos detentos. Até aí, tudo normal ; é algo rotineiro, por sinal. Mas eles estavam um drone, uma pequena aeronave de pequeno porte não tripulada e controlada remotamente, por rádio ou smartphones.

O fato levantou, novamente, a questão: como usar esse serviço? Vejam as fotos desta páginas: já imaginou capturar a imagem de Juscelino acenando para Brasília, do alto do memorial, sem precisar fazer muito esforço? Essa é apenas uma das possibilidades de utilização dos drones, também conhecido como Vants (Veículos aéreos não tripulados). Além disso, eles possibilitam a execução de atividades com um custo menor, como o mapeamento de grandes áreas, que vem sendo feito por produtores agrícolas. Na área das entregas, a Amazon quer, no futuro, substituir o serviço tercerizado dos correios para executar o delivery pelo ar.



Na investigação do acidente que matou o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, a perícia da Polícia Federal também usou um drone para chegar mais perto dos destroços do acidente. Como o manuseio deles é recente, ainda não há regulamentação específica. Porém, algumas regras já existem. A Força Aérea Brasileira reserva algumas medidas restritivas para o tipo de voo: proíbe, por exemplo, operar Vants em áreas compartilhadas com aeronaves tripuladas, para reduzir o risco para pessoas tanto no ar quanto em terra. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem demorado a agir, mas publicou, no início deste ano, o que pode ser a primeira regulamentação para o uso comercial e coorporativo desses mecanismos no país ; um dos primeiros, aliás, foi a França; nos Estados Unidos, é permitido apenas o uso daqueles que não possuam câmeras acopladas à aeronave.

São poucos os modelos de drones disponíveis no mercado brasileiro: o ideal, segundo especialistas, é utilizá-lo em ambientes com amplo espaço e manejá-lo de forma segura

Visão privilegiada


Já pensou em tirar uma foto a 400 metros de altura do seu local preferido da cidade? Ou verificar do alto qual o melhor caminho para driblar o trânsito até o trabalho? Ou apenas filmar um evento de um ângulo único? Pois esses são apenas alguns dos usos dos drones, Veículos Áereos Não Tripulados (Vants), que têm ganhado cada vez mais espaço em diversos setores.

Apesar do início recente da popularização, os primeiros drones datam da década de 1950. Na época, o exército norte-americano buscava alternativas para espionagem dos inimigos sem colocar em perigo os soldados. A solução foi a criação de pequenos aviões controlados remotamente.

Mas foi apenas na década de 2000 que o uso de Vants militares se intensificou, sendo usados pelos norte-americanos nas guerras do Afeganistão e do Iraque. O aumento da utilização se deve, principalmente, aos avanços tecnológicos que permitiram aos drones carregar armas e bombas, além de recursos visuais para controle dos equipamentos. Desse modo, tornou-se possível ataques militares a quilômetros de distância, sem necessidade de envio de tropas humanas.


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