postado em 07/01/2015 13:50
Se você visse alguém na rua com o Motorola 360, dificilmente diria que se trata de um smartwatch ; ou relógio inteligente, se preferir. O aparelho é o primeiro a portar o sistema operacional Android Wear, reformulação que busca adequar as funções do Android ao acessório. O design e a praticidade de poder conferir notificações com apenas um movimento de braço ; sem precisar tocar no smartphone ; são dois dos maiores prós do lançamento da Motorola. O modelo que o Informática testou vem com uma pulseira de couro na cor preta, que deu um ar simples e elegante.
O aparelho funciona basicamente como uma extensão do smartphone. Por meio de conexão Bluetooth, o relógio pareia os dados com dispositivos que tenham SO Android na versão 4.3 ou superior. Por serem do ;mesmo; sistema operacional, a comunicação entre eles é mais bem executada e obtém respostas mais efetivas. É possível baixar centenas de aplicativos criados justamente para o SO, o que demonstra que a tendência é o crescimento do mercado para esse tipo de produto.
Graças a um sensor de movimento localizado na parte inferior da tela, o visor do relógio acende sem necessidade de apertar nenhum botão. Por meio dele, é possível checar o e-mail, notificações em redes sociais, alternar músicas que estão tocando no celular, ler SMS e outras funções. Outro ponto a se destacar é a possibilidade de alternar o plano de fundo, com diversas opções, que passam de visuais com ponteiros e design mais clássico a apenas números.
Também é possível ajustar a intensidade de brilho em cinco níveis diferentes ; há ainda a função automática, que pode ser útil para economizar a bateria. Aqui, vale uma ressalva: o uso intenso do relógio em sincronia com o smartphone acarreta um aquecimento do aparelho, o que se torna incômodo, já que, ao contrário do celular, o smartwatch está em contato direto com a pele do usuário.O aparelho também é equipado com um pedômetro, que conta o número de passos do usuário, além de um sensor de batimentos cardíacos. Isso se torna bastante útil para a prática de exercícios, visto que pode se estabelecer uma comunicação mais eficiente com aplicativos voltados para atividades físicas. É possível armazenar históricos tanto no relógio como transferir os dados para o smartphone.
Carga
Um ponto a melhorar é a duração da bateria ; certamente, a maior desvantagem do Motorola 360. Ao longo dos testes, com o relógio sincronizado a um celular, foi preciso carregá-lo pelo menos uma vez por dia para continuar a utilização. Ainda que com um uso moderado, a carga não ultrapassa muito as 10 horas. Isso se mostra bastante problemático, pois obriga o usuário a plugar na tomada o smartphone ; que tem a bateria consumida pelo uso sincronizado ; e o smartwatch. Outro problema está no carregador, que não possui entrada USB e deve ser ligado na energia elétrica. Isso diminui a praticidade do aparelho e compele o utilizador a levar dois carregadores, um para cada aparelho.
O dispositivo não traz nada de muito inovador, comportando-se basicamente como uma extensão do smartphone. A tendência é que esse mercado se desenvolva cada vez mais, com esses dispositivos adquirindo uma autonomia maior ao longo do tempo. Se você gosta de estar sempre de olho em notificações de redes sociais e pretende fazer um uso voltado para atividades físicas, compre. Se não se encaixa nesse perfil, vale a pena esperar um pouco por novas gerações de smartwatches e aguardar por reais inovações. O Moto 360 é vendido por R$ 799.
