postado em 04/02/2015 16:59
Shubham Banerjee anunciou durante a Campus Party Brasil 8, nesta quarta-feira (4/2), que enviará ao Brasil um dos 20 protótipos da Braigo, uma impressora braile de baixo custo, feita com peças de lego e um microcomputador - do tamanho de um cartão de memória - criada por ele durante uma feira de ciências na escola. A peça que virá para o Brasil será doada a Fundação Dorina Nowill para cegos, em São Paulo.
[SAIBAMAIS]Belga, de origem indiana, atualmente o adolescente mora em Santa Clara (EUA). A ideia de criar a impressora braile veio depois que Shubham perguntou aos pais como as pessoas cegas faziam para ler e eles responderam: "pesquise no Google". Durante as férias da escola, o jovem, que está na 8; série do ensino fundamental, buscou sobre o assunto e descobriu que uma impressora braile custa mais de US$ 2 mil, nos EUA. "Depois disso, decidi ajudar as pessoas que não conseguem acesso, não podem ler, por causa do preço da uma peça original;;, contou o garoto.
No início, Shubham pediu para que o pai comprasse um kit lego e criou o protótipo Brigo 1.0. Isso chamou atenção de muitas pessoas, como do presidente dos EUA, Barack Obama, que o convidou para uma feira de empreendedorismo dentro da Casa Branca.
Depois disso, os pais do jovem viram que o projeto valeria a pena. ;;Eles me ajudaram a mostrar a impressora ao mundo e foi quando criamos a empresa Braigo Labs Inc;;, explica Shubham. Alguns investidores ficaram interessados na ideia do indiano, uma delas foi a Intel Capital que abraçou a empreitada. A Braigo está no mercado há seis meses, na presidência, a mãe do adolescente, já que ele não pode assinar nenhum papel por ser menor de idade.
Valores
O valor inicial da impressora será em média US$ 500. A mais barata custa US$ 3 mil no Brasil. "A ideia é ter em casa e ser fácil de ser usada e transportada para qualquer lugar. Com a Braigo será possível imprimir um texto da internet, Facebook ou celular, em braile;;, detalha o jovem. Além do preço, outro diferencial é o peso da impressora, que é mais leve. Os protótipos devem ficar pronto até agosto deste ano.
A startup fica no Vale do Silício, na Califórnia (EUA). Hoje, o garoto prodígio é considerado o mais novo dono de uma empresa a receber capital para uma empresa no país. Na equipe de Banerjee, há 10 pessoas, que o ajudam a dar sequência no projeto.
A Braigo está em fase pré-industrial e até julho serão fabricadas 20 unidades e distribuídas gratuitamente. Com a opinião dos consumidores que farão os testes iniciais, Shubham deve otimizar o produto e depois colocá-lo no mercado.
*A repórter viajou a convite da Telefônica Vivo