Tecnologia

Equipe brasileira faz sucesso em programa de luta de robôs nos EUA

Formada por estudantes da PUC-RJ, a RioBotz já venceu duas batalhas e está classificada para as oitavas de final da competição

Fernando Jordão - Especial para o Correio
postado em 20/07/2016 20:14

Formada por estudantes da PUC-RJ, a RioBotz já venceu duas batalhas e está classificada para as oitavas de final da competição

O Brasil já tem um Minotauro que faz sucesso nos ringues de MMA. Agora, o pais pode se orgulhar também de um outro Minotauro - este, de alumínio, aço e titânio - que vem aniquilando adversários ao redor do mundo: trata-se de um robô de 113kg, construído por uma equipe de estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) para participar de um programa televisivo norte-americano de luta de robôs, o BattleBots, transmitido pela rede ABC.

A RioBotz é a primeira equipe da América Latina a participar do programa. Mais do que isso, os cariocas são os primeiros participantes vindos de um país que não tem o inglês como língua oficial. Mas, o grupo não teve o desempenho prejudicado e já venceu duas batalhas na competição, e agora se classificou para as oitavas de final da disputa.

Formada por estudantes da PUC-RJ, a RioBotz já venceu duas batalhas e está classificada para as oitavas de final da competição

;Tem sido uma experiência muito boa. A BattleBots é uma competição que fez muito sucesso nos Estados Unidos na virada do milênio, mas parou de ser televisionada em 2002. Neste ano, assim que abriu o processo a gente já se inscreveu;, lembra o coordenador da RioBotz, professor Marco Antonio Meggiolaro. "O prêmio do programa é uma porca - daquelas de parafuso - gigante. Mas ele oferece uma visibilidade muito grande e isso nos ajuda a atrair patrocinadores", completa.

Os vídeos estão fazendo enorme sucesso na internet. O da segunda batalha, em que o Minotauro enfrentou o robô norte-americano Blacksmith, por exemplo, tem 2,6 milhões de visualizações apenas no canal oficial da ABC no YouTube. "A gente até esperava uma exposição, mas não que o vídeo fosse viralizar e ser assistido por tantas pessoas. Independente de ganhar ou não o programa já estamos muito felizes;, comemora Meggiolaro.

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Todo essa repercussão, inclusive, leva o professor a acreditar que as batalhas de robô, embora ainda não transmitidas no Brasil, possam vir a conquistar o público do país. "Ter uma equipe brasileira competindo já é um incentivo. O fato de ter feito sucesso na internet é mais um motivo para as emissoras apostarem no formato", avalia.

Equipe
Criada em 2003, a RioBotz tem 30 integrantes atualmente. A equipe se dedica a produzir robôs de competição e, durante 13 anos, já produziu mais de 50 deles. Além de oferecer aos alunos uma experiência prática do que aprendem em sala de aula, o grupo quer testar nos robôs tecnologias que possam ser aplicadas em máquinas industriais.

Segundo Meggiolaro, a equipe leva, em média, seis meses para projetar um robô do zero e outros três para confeccioná-lo. "Eu costumo dizer que é como uma gestação, que leva nove meses;, brinca.

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