Turismo

Museu na cidade de Cafayate reserva diversos vinhos em um só lugar

Shirley Pacelli
postado em 25/01/2012 10:41
O centro da cidade dispõe de hotéis, lojas de artesanato e bares, além de um ponto de atendimento ao turistaPela manhã, em Cafayate, é possível ouvir os sinos da Catedral Nossa Senhora do Rosário, construída no fim do século 19. A igreja, em frente à Praça Principal (o nome é assim mesmo, bem simples), tem cinco naves e guarda a imagem da padroeira, que deu nome ao templo.

No centro histórico, há concentração e variedade de restaurantes, lojinhas de artesanato e hotéis (a maioria dos estabelecimentos comerciais oferece rede wi-fi, bom para quem gosta de compartilhar a viagem nas redes sociais). O grande barato é sentar-se em uma das cadeiras da calçada e desfrutar delícias locais enquanto se aprecia o movimento e a música ao vivo (comum durante o jantar). Prove as empanadas locais, os queijos de cabra e as carnes de cordeiro e cabrito.

Um centro turístico fica nesse ponto para esclarecer dúvidas e sugerir serviços, como pacotes de tours pelas fincas e transporte fretado para grupos. A um quarteirão, é possível se divertir num pequeno cassino.

Dois mercados de artesãos ocupam lados opostos na praça e ficam abertos até as 22h. Vale o passeio para conhecer a arte local, baseada principalmente em produtos de fibras vegetais, barro e couro. Não compre na primeira loja que entrar. Normalmente, os pontos um pouco mais afastados do Centro têm artigos com preços menores. Se o tempo for mais curto e você quiser conhecer diversos vinhos em um só lugar, dê uma passada no Museo de la Vid y el Vino (Museu da Videira e do Vinho), inaugurado no início de 2011.

[SAIBAMAIS]O local ; entre as ruas General Chabuco e Guemes ;, aberto de segunda a sábado, das 8h30 às 19h, conta com um espaço de 466m2, separado em dois níveis: um para apresentações de música e outro para espetáculos de balé. No Bar Vinho, é possível adquirir os melhores exemplares da região.

A Argentina ficou conhecida pela qualidade de suas bodegas apenas há alguns anos, a ponto de os produtos serem classificados como vinhos do novo mundo. A alcunha, porém, não faz justiça aos hermanos. Com os imigrantes italianos e espanhóis, veio a cultura das uvas. Já são, pelo menos, 200 anos de tradição da vitivinícola.

A diferença é que, antigamente, toda a produção era direcionada ao público interno. A média de consumo por pessoa ao ano chegava a 90 litros. Mas privilegiava-se, desse modo, a quantidade e não a qualidade (hoje, consomem-se anualmente mais ou menos 40 litros por pessoa). Há alguns anos, com a cerveja ganhando admiradores no país e o consequente declínio das vendas de vinho, as bodegas resolveram focar em outros mercados.

Vinhos da Nanni, a 10km de Cafayate: experimente os torrontés tardiosCom isso, descobriram que era preciso atender clientes exigentes lá fora, já abastecidos por tradicionais exportadores como França e Itália, além do Chile. Com novas técnicas de manejo de irrigação e acompanhamento rigoroso de profissionais especializados, os argentinos conquistam seu espaço, principalmente, com os vinhos malbec. Esse tipo de uva se adaptou muito bem às terras de Mendoza (leia mais nas páginas 4 e 5). (SP)

Cuspa sem medo

Dica importante: não se sinta constrangido em cuspir o vinho durante as degustações. Isso mesmo, descartá-lo sem a menor cerimônia. Em cada mesa, há sempre um recipiente próprio para esse fim. O objetivo é que você possa provar cada um deles, de diferentes bodegas, sem trançar as pernas no fim do dia.

Vai um bungee jump aí?

Para os mais aventureiros, a dica é ir ao Dique Cabra Corral, segundo maior reservatório de água da Argentina, localizado em Coronel Moldes, a 68km de Salta e no caminho para Cafayate. Pesca, rafting, canoagem e outras atividades náuticas em jet skis e velas são realizadas no lago artificial de 127 quilômetros quadrados. Há ainda quem salte de bungee jump de uma ponte a 30 metros da água. A excursão guiada para ver pinturas rupestres da região é outra opção de passeio. O dique fica sempre cheio de turistas, muito animados, que ligam seus sons automotivos e desfrutam a paisagem. Não é raro se surpreender com versões em espanhol de hits brasileiros do momento, inclusive pagodes e sertanejos.

Vinícolas

Dica: torrontés vão bem se acompanhados de saladas, frutos do mar e comidas picantes. Sirva a uma temperatura baixa.

Domingo Hermanos

www.domingohermanos.com

El Esteco
www.elesteco.com.ar

Nanni
www.bodegananni.com

Vasija Secreta

www.vasijasecreta.com

Pacotes

Argentour

www.argentour.com
(11) 3711-5696
Para Mendoza, a duração é de três noites. Inclui traslados, café do manhã, city tour e visita às bodegas. Não dá direito a parte aérea. Preço: a partir de US$ 368* (cerca de R$ 647,68). Para Salta, a duração é a mesma. Inclui hospedagem, café da manhã, traslados e city tour. Preço: a partir de US$ cerca de R$ 211* (cerca de R$ 371,36).

CVC
www.cvc.com.br
(61) 3044-4646
Oferece pacote para Mendoza, no período de 8 a 15 de fevereiro. Inclui transporte aéreo, traslado, sete noites de hospedagem no Hotel Crillon, café da manhã, passeio pela cidade, ida às vinícolas e à Igreja de la Virgen de la Carrodilla, e seguro de viagem. Preço: a partir de US$ 1.098* (cerca de R$ 1.932,48) por pessoa em apartamento duplo, em até 10 vezes sem juros. O pacote para Salta também vale para o período de 8 a 15 de fevereiro. Inclui transporte aéreo, sete noites de hospedagem no Hotel Almeria (Salta), café da manhã e seguro de viagem. Preço: a partir de US$ 1.048* (cerca de R$ 1.844,44) por pessoa em apartamento duplo, em até 10 vezes sem juros.

Intravel
www.intravel.com.br
2626-3241
Dispõe de pacote para Mendoza, no período de 8 a 15 de fevereiro. Inclui passagens aéreas, três noites de hospedagem com café da manhã, traslados, visita panorâmica pela cidade, meio dia de visita às vinícolas e a Igreja de la Virgen de la Carrodilla, seguro-viagem e bolsa de viagem. Preço: a partir de US$ 1.035* (cerca de R$ 1.821,60) por pessoa em apartamento duplo.

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