Turismo

Jovens, solteiros, badalam: o que fazer pela noite na Europa

Diversão é para todos e para todas as idades. Certo? Correto, mas há programas que exigem o arrojo da mocidade e o espírito liberado para novas experiências. Nada que maduros e comprometidos não possam provar. Afinal, a juventude está na cabeça de cada um

postado em 10/04/2015 20:01

A Escape é uma das maiores boates de Amsterdã, onde pode rolar desde música eletro-pop a techno pesado: eclética e divertida
Quem está solteiro (ou casado com vale-night), em viagem sozinho ou em grupo para o exterior, certamente busca, entre outras coisas, as melhores baladas da região. Com a alta do dólar e a overdose de Estados Unidos, destinos como Paris, Amsterdã, e Londres, mostram-se atraentes e possíveis. São cidades completamente diferentes, mas, por estarem situadas em países próximos, tornaram-se quase um ;combo; ; quem vai a uma, vai a todas.

Antes do embarque, porém, vale pesquisar sobre os costumes locais. Na França, por exemplo, quem bebe demais não pode cruzar vias públicas nem de carro nem a pé. Em Amsterdã, fumar maconha no boteco e fazer sexo no parque é liberado. As baladas mais procuradas pelos londrinos são direcionadas exclusivamente para moradores do Reino Unido.
O bairro da Luz Vermelha é o mais conhecido em Amsterdã. De Walle é uma das ruas principais, onde mulheres se exibem em vitrines
Troque o hotel por um charmoso apartamento. É possível encontrar diversos deles no AirBnB, Booking ou no WorldWide. Assim, além de ter mais privacidade ; dá para combinar com a turma de alugar um apê inteiro ;, você economiza. Em alguns países, o dono do local deixa garrafas de água e de vinho na geladeira, dando boas-vindas. Todas as acomodações têm, obrigatoriamente, wi-fi. Aproveite enquanto estiver na cama para baixar alguns aplicativos para smartphone, como Tinder ou Grindr (voltado ao público gay). Aqui no Brasil, eles servem apenas para pegação; lá, para interação. Dá para conseguir ótimas dicas ; e para quem estiver disposto, paqueras.

Chegando a Paris, pegue um metrô para o Marais. O bairro é superboêmio, cheio de baladas, cafés e restaurantes, mas também oferece cultura de qualidade. Para começar, vá ao endereço do centro Georges Pompidou, um espaço com museu biblioteca, centro de pesquisa e restaurante ; só vale para quem ainda não está de ressaca. A Rue Sainte-Croix de La Bretonnerie é onde se encontram os sex shops e botecos temáticos. Em Montmartre, fica o famoso cabaré Moulin Rouge ; caro, mas bem legal ;, o café Le Relais de La Butte. Se tiver tempo e dinheiro, arrisque ir ao Le Baron de Paris, que é um clube tendencioso localizado na Avenue Marceau e no Chez-Raspouttine, endereço chiquérrimo e descolado, na Rue Bassane.

Nos bares e nas baladas parisienses, é muito raro pagar entrada. No entanto, a paquera é fraca. Para quem quiser dançar, resolve. Se o esquema for beijar na boca, talvez seja mais interessante passar a tarde num café, tomando champanhe; ou num boteco, tomando uma ou duas garrafas de vinho. Vale lembrar que existe uma espécie de blitz para pedestres: policiais são autorizados a testar o nível de álcool das pessoas que estiverem zanzando por vias públicas. Portanto, na hora que a língua começar a travar, não economize e procure um táxi. A penalidade para quem for pego bêbado transitando vai de uma noite na cadeia a uma multa gorduchinha.
Apontada como uma das 10 melhores baladas do mundo, a Ministry of Sound tem um segurança que escolhe quem poderá entrar
Luz vermelha


Paris já deu? Curtiu tudo o que podia? Pegue a bagagem e siga em frente. Viagens internas tornam-se mais simpáticas de trem. O preço é praticamente o mesmo do avião, mas o trem é muito mais divertido. Você pode comprar petiscos e cervejas num bar-vagão. De Paris para Amsterdã, o trajeto dura pouco mais de três horas. Tempo suficiente para jogar muita conversa fora e fazer um ;esquenta; para a cidade mais louca da estação.

Coloque o pé em Amsterdã e vá direto para o Red Light District. Dia ou noite, tanto faz. Trata-se daquela rua famosa onde as garotas de programa ficam expostas em vitrines. Para quem pensa que o clima é pesado, relaxe. A rua é clara, cheia de bares e cafés ; onde a venda de maconha é legalizada. Tem uma boate que se chama Escape, é bem grande e fica na Rembrandtplein ; peça para os nativos do Tinder te ajudarem. Todos falam inglês. A Escape é eclética: muitos dizem que é o reduto do eletro-pop, mas é possível encontrar um techno pesadão.

Ainda na Red Light, que é praticamente o único endereço fervido da cidade, existem muitos bares de bilhar com pista de dança e área de fumantes. Pra quem curte tabaco, é uma mão na roda. Também existe uma rua semi-gay, tipo um Soho desses da vida, chamado Bourbon Street. De um lado, bares com mesas na calçada. Do outro, baladas meio escurinhas. Algumas, talvez possam ser consideradas até um cinema pornô. Mas o bom da cidade são as grandes festas, como o Festival de Cervejas Bock, que acontece no outono, o Dia da Rainha, que comemora o aniversário da monarca, em 30 de abril, e o Gay Pride, em agosto.

Ministry of sound


De Amsterdã para a capital britânica é um pulo. Londres é efervescente. Apesar de a libra custar quase R$ 5, o poder de compra desse dinheiro não é lá grande coisa. Uma garrafa do champanhe Veuve Clicquot sai por 45 libras. No Brasil, R$ 189. Incrível, mas aqui é mais barato. Portanto, saia de casa sabendo que: ;Quem converte não se diverte;. Comece a sua incursão noturna pela Cirque Le Soir, na Granton Street. Tem piscina de bolinhas, garçons vestidos de animal, dançarinas com roupas mínimas; É um absurdo de bom. A entrada não é cara, mas o segurança olha e escolhe quem ele quer que entre. E não adianta tentar subornar.

Para tirar uma onda, o Bob Bob Ricard é o lugar ideal. É um restô-lounge na 1 Upper James Street, com comida deliciosa e drinques de primeira. Nas mesas, tem um botão escrito ;Press for Champagne;, que parece brincadeira, mas, quando você aperta, recebe taças de cristal trasnbordando da bebida preferida de Winston Churchill: Dom Pérignon. Quem mora lá diz que eles servem a bebida de acordo com a aparência do freguês. É quase um elogio. Mas não viaje nas bolhinhas, o luxo custa caro!

Considerada uma das 10 melhores baladas do mundo, a Ministry of Sound custa R$ 28 para entrar. São quatro pistas de dança espaçosas. Numa delas, há sempre um DJ desses bombásticos para fazer a galera fritar. Na zona de Camden Town, onde morava a cantora Amy Winehouse, existem várias opções de tudo. Uma balada imperdível é a Koko, boate construída num antigo teatro, onde as pessoas podem curtir de música eletrônica a música ao vivo numa mesma noite. A vantagem das duas é que seguem até as 6h.

A Whisky Mist fica dentro do Hotel Hilton. A mais top de todas. Ever, como dizem os londrinos. No entanto, opções não faltam: experimente a Maddox, em Mayfair, supercool e cheia de gringos. Mas, se você quiser encontrar um marido londrino, invista nos bares. Dizem que eles só frequentam a noite em festas privês, realizadas em rooftops (topos de telhados, em livre tradução ; uma espécie de laje chique) ou subsolos de lugares que só eles conhecem. Obviamente, blasé (em francês, significa indiferente, com ar de superioridade). Como todo o Reino Unido.
Diversão é para todos e para todas as idades. Certo? Correto, mas há programas que exigem o arrojo da mocidade e o espírito liberado para novas experiências. Nada que maduros e comprometidos não possam provar. Afinal, a juventude está na cabeça de cada um
Diva do soul


A cantora e compositora marcou a história da música moderna com a sua voz forte e estilo inconfundível. Entrou para o The Guinness Book of World Records como a artista britânica que mais recebeu prêmios em uma única edição dos Grammy Awards o prêmio mais importante da música mundial. Em 2008, levou cinco das seis categorias a que concorreu: Canção do Ano, Gravação do Ano, Melhor Performance Vocal Pop Feminina, Artista Revelação e Melhor Álbum Vocal Pop. Amy encantou fãs e estudiosos de música com seus trabalhos que mesclavam elementos de vários estilos como soul, blues, reggae e jazz, entre outros. Na vida pessoal, a cantora colecionou diversos problemas decorrentes do seu envolvimento com álcool e drogas. Aos 27 anos, em 23 de julho de 2011, Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa. Em janeiro de 2013 a investigação policial concluiu que a cantora morreu vítima de intoxicação alcoólica.

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