Turismo

Descubra as cores de Fernando de Noronha e de sua gente

Arquipélago paradisíaco atrai uma multidão de visitantes. Alguns deles não vão embora nunca mais

postado em 20/01/2017 09:00

Arquipélago paradisíaco atrai uma multidão de visitantes. Alguns deles não vão embora nunca mais

Maria nasceu em Noronha por meio das mãos de uma parteira. Hoje em dia, ninguém mais nasce nas terras de Fernando de Noronha. A gestante voa para o Recife, três meses antes. Talvez por isso, Maria se orgulhe tanto ao se definir como ;legítima noronhense;.

[SAIBAMAIS]

Todo dia, ela acorda às 5h e cuida do café da manhã da pousada onde trabalha. O marido, Fernando, também segue cedo para um restaurante, na Vila dos Remédios. Lá, cuida da limpeza do estabelecimento há 13 anos. Não larga a ilha por nada: ;Eu vim de Natal, sem nada. Conheci Maria e resolvi ficar. Faço um serviço simples por aqui, mas não preciso de muito. Quantos têm uma vida desta? Tão calma, com essa vista, rodeada por gente que a gente conhece;, pergunta.

Assim que conseguiu se estabelecer, Fernando trouxe a mãe e as irmãs. ;Minha mãe morreu na ilha. Foram os anos mais felizes dela. E minhas irmãs também gostaram. Estão aí até hoje. Uma virou guia e a outra ajuda a Maria na pousada;, ele conta, orgulhoso.

Todos eles trabalham para servir aos turistas. E o fazem com dignidade e um belo sorriso no rosto. ;Tem algo melhor do que conhecer gente, aprender com as histórias dos outros, escutar as jornadas?;, questiona Maria. E ela tem toda razão.

Maria está grávida e, pela primeira vez, entrará em um avião. O bebê não nascerá pelas mãos de uma parteira, mas crescerá em um paraíso, cercado por uma família que escolheu viver a vida.;Tenho curiosidade de conhecer o Recife. Acho que vou gostar. Mas não abandono Noronha, não. Gosto demais da minha vida;. Às vezes, e Maria concordaria, não há nada melhor do que estar ilhado.

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