postado em 30/01/2013 08:54
Após a , 21 anos, subiu para 235 o número de mortos na tragédia de Santa Maria. Ele não resistiu aos ferimentos e teve o óbito confirmado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) nessa terça-feira (29/1). O velório será realizado nesta quarta-feira (30/1), nas capelas mortuárias do Hospital de Caridade, na capela 5. Segundo a administração da funerária, a previsão é de que o corpo chegue a Santa Maria às 9h. O velório deve começar por volta das 9h30. O local e o horário do enterro ainda não foram definidos, mas devem ocorrer ainda hoje.[SAIBAMAIS]Gustavo estava hospitalizado no Hospital Pronto Socorro de Porto Alegre desde a tarde do domingo (27/1), devido às graves lesões sofridas durante o incêndio. Já em estado crítico, o jovem acabou não resistindo. Ele é irmão de Deives Marques Gonçalves, de 33 anos, também morto na tragédia. Com extensas e profundas queimaduras, que ocupavam cerca de 70% do corpo, ele também faleceu.
O último balanço de feridos, divulgado pela SES, aponta que encontram-se internados, na Região Metropolitana de Porto Alegre, 58 pacientes transferidos de Santa Maria, sendo que três evoluíram bem durante esta terça-feira e já não precisam de respiração por ventilação mecânica. Em Ijuí, há um paciente internado em UTI, mas sem necessidade de ventilação mecânic; em Santa Maria, 62, sendo 28 em UTI (20 no Hospital de Caridade, 3 no Universitário e 5 São Francisco) e 34 em enfermarias ou em observação.
Investigação
Assim que o país percebeu a dimensão e a gravidade do incêndio fatal na Boate Kiss, todos os envolvidos - direta ou indiretamente - tentaram se isentar da culpa. O governo do Rio Grande do Sul aponta o dedo para a prefeitura, que repassa para o Corpo de Bombeiros. O órgão de prevenção e combate a incêndios culpa os integrantes da banda que soltaram fogos de artifício e também os donos da boate, mas se isenta de responsabilidade. Os proprietários, por sua vez, responsabilizam as autoridades municipais que concederam o alvará e até as equipes de segurança, que barraram temporariamente a saída de clientes. Culpam ainda os músicos pelo show pirotécnico.
Por trás desse jogo de empurra está a intenção de escapar de processos criminais e cíveis por envolvimento na tragédia que, matou, até o momento, 235 pessoas. Além das ações penais, os responsáveis podem responder ações cíveis, que geram indenizações às famílias dos mortos e também aos sobreviventes. A polícia e, posteriormente, a Justiça terão que apontar a participação de cada um nessa cadeia de responsabilidades.
A tragédia
O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada do domingo (27/1), quando a banda Gurizada Fandangueira usou efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna. Sem conseguir sair do estabelecimento, 235 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.
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Dê seu depoimento
Em todo o Brasil a preocupação com a segurança dentro das casas noturnas aumentou depois da tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O Correio Braziliense resolveu fazer um levantamento de como está a segurança dentro das baladas do Distrito Federal. E você está convidado a nos ajudar nessa tarefa. Quais boates você frequenta no DF? Já parou para avaliar as condições de segurança delas? Mande para gente suas fotos e seus relatos para ajudar nesse mapeamento. O email é o baladascb@gmail.com.