postado em 12/03/2013 12:40
Respondendo a perguntas do assistente de acusação Alexandre de Sá Domingues, o delegado Antônio de Olim, responsável pelas investigações do assassinato de Mércia Nakashima em 2010, em São Paulo, negou que tenha torturado Evandro Bezerra da Silva, acusado como co-autor do crime. Um vídeo apresentado aos jurados mostra uma conversa entre Olim e Silva sobre um telefone usado por ele na noite do crime. O aparelho é suspeito de ser frio.Evandro é acusado junto com o ex-policial Mizael Bispo, ex-namorado da vítima.
O delegado foi questionado pelo juiz Leandro Cano se ele chegou a responder a processos por abuso e tortura. Em resposta afirmativa, Olim disse que foi absolvido das suspeitas.
Julgamento
[SAIBAMAIS]Cinco mulheres e dois homens formam o conselho de sentença de Mizael Bispo. O julgamento do policial reformado começou por volta das 10h40. Ele vai a júri popular pela morte de Mércia Nakashima, assassinada em maio de 2010.
Entenda o caso
Mércia Nakashima foi vista pela última vez no dia 23 de maio de 2010, após sair da casa da avó, em Guarulhos. Após 18 dias, em 10 de junho, o carro da advogada - um Honda Fit - foi encontrado no fundo de uma represa em Nazaré Paulista, cidade vizinha a Guarulhos.
Na manhã seguinte (11), o corpo de Mércia foi encontrado boiando na mesma represa em que o veículo estava. De acordo com exames do Instituto Médico Legal (IML), a certidão de óbito apontou morte por afogamento em 23 de maio. Ela tinha marcas de balas no rosto e nas mãos e sofreu um desmaio antes de morrer.
Um pescador afirmou que testemunhou em 23 de maio um carro ser abandonado na água. Ele disse que ouviu gritos - não especificados se foram de homem ou mulher - antes de o veículo submergir. A testemunha tambpem informou que viu um homem alto, mas não conseguiu identificar o rosto.