Jornal Correio Braziliense

Brasil

Corpos de mãe e filhas assassinadas por policial civil são enterrados em MG

Vítimas foram surpreendidas em casa e atingidas por tiros na cabeça. Autor estava preso e fugiu da Casa de Custódia da Polícia Civil para cometer o crime

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Paulo havia sido condenado, no último dia 9, a 31 anos de cadeia por estupro contra duas garotas e estava preso desde 27 de julho na Casa de Custódia da Polícia Civil, de onde fugiu para cometer o crime. A principal testemunha do triplo assassinato disse que Paulo foi condenado justamente pelo abuso sexual das duas jovens assassinadas, o que seria a motivação para ele matar as irmãs e também a mãe delas.

A Polícia Civil abriu sindicância para investigar a fuga de Paulo da Casa de Custódia e o crime vai ficar sob a responsabilidade do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os corpos da mãe e das duas filhas foram velados em uma quadra de uma igreja no Conjunto Cristina, em Santa Luzia, e logo depois seguiram para o Cemitério Belo Vale.

Consternados com a barbaridade do caso de feminicídio, parentes e amigos se perguntavam a todo momento como o policial, que se matou logo após cometer os crimes, conseguiu sair da Casa de Custódia, o que ainda não foi explicado pela polícia.

Mais um caso

Enquanto os velórios aconteciam em Santa Luzia, mais um episódio trágico de feminicídio foi registrado na região metropolitana, também cometido por policial civil. Um escrivão lotado na Delegacia de Plantão de Betim assassinou a tiros a secretária do vereador Jerson Braga Maia, o Caxicó (PPS), dentro da Câmara Municipal de Contagem. A Polícia Militar informou que o autor dos disparos é Cláudio Roberto Weichert de Passos e a vítima é Ludmila Leandro Braga.

O escrivão tentou suicídio em seguida, mas foi socorrido ainda com vida e levado para o hospital. Testemunhas disseram que autor e vítima já teriam um relacionamento anterior, o que pode ter sido a motivação para o crime.