Agência Estado
postado em 29/05/2018 07:37
No nono dia da greve dos caminhoneiros, nove aeroportos administrados pela Infraero estão sem combustível: Foz do Iguaçu (PR), Paulo Afonso (BA), Teresina (PI), Palmas (TO), João Pessoa (PB), Ilhéus (BA), Cuiabá (MT), Imperatriz (MA) e Petrolina (PE). Nesses terminais, os aviões só podem pousar se tiverem querosene para a próxima etapa da viagem.
Dos 236 voos programados para esta terça-feira (29/5), nos aeroportos da estatal, 13 foram cancelados entre meia-noite e 7h. O Aeroporto de Brasília, que ainda tem combustível, começou o dia com 16 pousos, 26 decolagens, 3 atrasos e 2 cancelamentos - 1 na partida e outro na chegada. Às 7h30, 4 voos estavam atrasados.
Sob escolta de militares do Batalhão de Guarda Presidencial (BGP), 24 caminhões-tanque chegaram ao terminal brasiliense, no começo da tarde dessa segunda-feira (28/5). Transportando 1,3 milhão de litros de querosene de aviação, os veículos saíram de Betim (MG) e seguiram pela BR-040 até o terminal. Mais cedo, um caminhão com 60 mil litros de combustível já havia sido entregue, totalizando assim 25 veículos. Com o novo suprimento, os níveis dos reservatórios devem chegar a 55%, informou a Inframerica, administradora do aeroporto.
Prejuízo
As companhias Avianca, Azul, Gol e Latam, por meio da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), informam que, passada uma semana da paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil mais de 270 voos foram cancelados e outros alterados nos mais diversos aeroportos do País.
A situação, diz a Abear, reforça a necessidade de todos os passageiros procurarem se informar sobre sua situação específica antes de iniciar viagem. "Apesar de a maior parte da malha aérea permanecer em operação, os cancelamentos e mudanças de horários deverão continuar a acontecer, sem previsão de normalização, por causa da não reposição ou total ausência de combustível em aeroportos menores espalhados pelo País", destaca a entidade.
É estimado um prejuízo diário de mais de R$ 50 milhões, que envolve cancelamentos, pousos técnicos para reabastecimentos e atendimento a passageiros que deixaram de embarcar. Enquanto permanecer esta situação, os passageiros podem alterar seus voos - impactados pelo desabastecimento - para nova data ou horário, sem o pagamento de taxa de remarcação e das eventuais diferenças tarifárias, de acordo com as regras de cada companhia.
A Abear reforça que os passageiros que têm viagem programada para os próximos dias, inclusive durante o feriado, devem se informar sobre o status de voo junto às empresas antes de irem para o aeroporto.