O Correio Braziliense promove, em 13 de dezembro, o seminário Correio Talks: Infecções sexualmente transmissíveis e os desafios ao combate à sífilis no Brasil. No evento, especialistas vão debater sobre a importância de métodos de prevenção e tratamento da doença, a fim de proporcionar mudanças de comportamento na sociedade. Um dos focos será na necessidade de o paciente receber diagnóstico o quanto antes, para que possa fazer o tratamento adequado. O encontro é aberto ao público e começa às 14h, no auditório do jornal. A inscrições podem ser feitas aqui. É de graça!
Segundo a doutora Valéria Paes, presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, uma das palestrantes do evento, é necessário alertar a população para o problema de saúde pública. "Muitas pessoas ainda acham que essas doenças não existem mais. Ou não sabem bem como se prevenir. É sempre bom poder alertar que é possível ter uma sexualidade boa e saudável", diz.
De acordo com a especialista, a sífilis é uma das bactérias mais preocupantes, principalmente por conta das complicações que pode causar. Quando a doença é congênita ; transmissão de mãe para o filho ; há um risco de comprometimento do sistema neurológico da criança. "A captação de casos pelos sistemas de vigilância epidemiológica é facilitado porque o diagnóstico vem por meios do exame laboratorial de sorologia para sífilis. No entanto, outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, (ISTs), como HPV, gonorreia e o cancro, também são frequentes. Todas estão relacionadas a redução do uso de preservativos, e temos que nos aprofundar em saber porque isso está acontecendo," alerta a infectologista.
Esta edição do Correio Talks contarám, também, com a presença da diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde, Adele Benzaken; e da consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Dra. Eliana Bicudo.
De acordo com o Ministério da Saúde, as ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. A terminologia substitui à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir um vírus ou bactéria, mesmo sem estar necessariamente doente.
No último boletim epidemológico divulgado pelo Ministério da Saúde, os casos de sífilis tiveram aumento de 27,9% de 2015 para 2016. Entre as gestantes, o crescimento dos ocorrências foi de 14,7%. As infecções por sífilis congênita subiram 4,7%. O atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.