O novo balanço das autoridades de segurança responsáveis pelo resgate das vítimas da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), mostra que ainda há 288 pessoas desaparecidas, sendo 114 funcionários da Vale e 174 terceirizados e moradores. Mesmo com resgtade de corpos nesta terça-feira, o número de mortes não foi atualizado. Os óbitos continuam em 65.
As operações de buscas entraram no quinto dia. Desde 4h da manhã desta terça-feira, militares do Corpo de Bombeiros seguem os trabalhos. Dois pontos seguem sendo priorizados: no segundo ônibus encontrado próxima a área administrativa da Vale e no local do refeitório, onde funcionários almoçavam no momento em que o mar de lama desceu. Neste ponto, a missão israelense também trabalha em conjunto com o Corpo de Bombeiros.
Ao todo, 290 militares estão empenhados nas ações. Destes, 120 são de Belo Horizonte. O restante dos bombeiros são de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, e Alagoas.
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No Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte uma força-tarefa foi montada para agilizar na identificação dos corpos. Ao todo, 31 pessoas já foram identificadas. Nesta terça-feira, quatro peritos de Brasília chegaram a capital mineira para auxiliar os 88 profissionais que já trabalham no local.
Prisões
de Minas Gerais e São Paulo, e as Polícias Civis dos dois estados, na manhã desta terça-feira. Segundo as investigações, os funcionários atestaram o laudo da barragem que se rompeu. Eles deram parecer dizendo que a estrutura não apresentava risco de rompimento. Além disso, foram presos funcionários da Vale.
Foram presos, durante a operação em Minas Gerais, César Augusto Paulino Grandshamp, Ricardo Oliveira, e Rodrigo Arthur Gomes de Melo, que seriam funcionários da Vale. Em São Paulo, foram presos dois engenheiros: André Jumyassuda e Makoto Mamba. Documentos, computadores e celulares foram apreendidos nos imóveis.
De acordo com o Ministério Público, André, Cesar e Makoto, informaram em documentos recentes que as estruturas das barragens se encontravam em consonância com as normas de segurança.
Por sua vez, Ricardo e Rodrigo, respectivamente, gerente de meio ambiente, saúde e segurança e gerente-executivo operacional responsável pelo complexo minerário, eram diretamente responsáveis pelo regular licenciamento e funcionamento das estruturas das barragens.