Thays Martins
postado em 03/07/2019 20:05
Um guarda municipal que atuava em uma escola pública foi exonerado nesta terça-feira (2/7) devido a acusações de abuso sexual de crianças. Os casos, segundo relataram quatro alunas, ocorreram em abril deste ano na Escola Municipal Santo Antônio do Caramujo, que fica na zona rural de Cáceres (MT), município a 217km de Cuiabá. No processo administrativo disciplinar, instaurado em maio, é informado que quatro meninas, com idades entre 8 e 9 anos, contaram que Joilson Adriano Rodrigues as tocou nas nádegas e disse a elas frases como "Oh, lá em casa". O documento se refere aos episódios como "suposto assédio sexual", mas ressalta que condutas desse tipo podem ser consideradas abuso sexual.
Em sua defesa, o guarda municipal disse que não se lembrar de ter tocado nas meninas e que, se o tiver feito, foi como um ato de carinho: "Talvez no braço ou na cabeça", afirmou, ainda de acordo com o processo.
Por fim, o documento conclui que, por se tratar de acusação de crime sexual, a palavra da vítima deve ser privilegiada. "Destaca-se que dificilmente vítimas de delitos contra a dignidade sexual os inventam, tendo em vista que referidos crimes carregam um forte e negativo estigma social, ainda mais no presente caso, em que os supostos crimes foram relatados por quatro alunas ; crianças, que possuem entre 8 e 9 anos de idade, matriculadas na 4; série." O documento é assinado pelo prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz.
Além disso, pesou para a exoneração o fato de o guarda ter sido advertido duas vezes por faltas sem justificativa em apenas 10 dias de trabalho. Ele estava contratado temporariamente e, antes da exoneração, cumpriu 30 dias de afastamento das atividades, sem corte de salário.
O julgamento do processo foi publicado no Diário Oficial do Município de Cáceres. O caso foi encaminhado também à Delegacia Especializada em Defesa da Mulher de Cáceres.
Assédio em escola do DF
Em Brasília, um sargento da Polícia Militar do DF foi afastado depois de acusação de assédio sexual em uma escola pública militarizada. A acusação foi feita por alunas do Centro Educacional 3 de Sobradinho (CED 3) no início de junho. O sargento teria enviado uma mensagem com a frase "beijo no cantinho da boca" para uma aluna de 17 anos. A Polícia Civil investiga o caso.