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Governo do Pará inicia transferências de presos envolvidos em massacre

Ao todo, 46 presos serão transferidos. Dez dos 16 identificados como líderes das facções criminosas, que comandaram o ato, irão para o regime federal

Maria Eduarda Cardim
postado em 30/07/2019 12:16

Ao todo, 46 presos serão transferidos. Dez dos 16 identificados como líderes das facções criminosas, que comandaram o ato, irão para o regime federal Um dia após o massacre no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRA), no Pará, o governo do Estado começou a transferir os detentos envolvidos na briga entre as facções Comando Vermelho (CV) e Comando Classe A (CCA) que culminou na morte de 57 presos. Até o momento, sete dos 16 presos apontados como líderes do confronto já foram transferidos para Belém. Até o final desta terça-feira (30/7), o restante dos presos que chefiaram a confusão deve embarcar para a capital paraense.

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), dos 16 detentos apontados como líderes das facções criminosas envolvidas na tragédia, oito serão encaminhados para presídios federais. A outra metade seguirá para unidades prisionais na capita e ficarão em isolamento.

Além dos 16 internos que serão transferidos ainda hoje, outros 30 detentos serão distribuídos por outras cinco prisões do estado do Pará. Ao todo, 46 presos envolvidos no massacre serão transferidos.

Cerca de 100 agentes de segurança pública do estado atuam na operação. Por questão de logística, alguns presos foram transferidos de avião e outros de carro.

Briga entre facções

Uma briga entre duas facções rivais dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, deixou, ao menos, 57 mortos nesta segunda-feira (29/7). Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), um acerto de contas entre integrantes das facções Comando Vermelho e Comando Classe A iniciou a confusão às 7h, que deixou apenas presos entre as vítimas fatais.
Este é o maior massacre em presídios de 2019. Este ano, o Brasil já acumula mais de 100 mortes causadas por rebeliões de presos integrantes de organizações criminosas. Em maio, uma briga interna na organização criminosa Família do Norte (FDN), deixou um total de 55 mortos em presídios de Manaus.

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