Brasil

Macron convoca o G7 para discutir Amazônia: ''Nossa casa queima''

O presidente da França, Emmanuel Macron, chamou as queimadas na floresta de "crise internacional" e convocou outras nações para debater o assunto

Renato Souza
postado em 22/08/2019 16:55
Emmanuel Macron, presidente da FrançaO presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou, nesta quinta-feira (22/8), que o G7, grupo dos sete países mais ricos do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), precisa discutir as queimadas que atingem a Amazônia. Macron fez uma convocação para que as nações debatam o tema dentro de dois dias.

[SAIBAMAIS]O presidente francês é o primeiro chefe de Estado a se manifestar diretamente sobre o assunto. Na quarta-feira, os incêndios no Pará, Amazonas, Acre e outros estados ganharam forte repercussão na imprensa internacional. "Nossa casa queima. Literalmente. A Amazônia, o pulmão do nosso planeta que produz 20% do nosso oxigênio, está em chamas. É uma crise internacional. Membros do G7, vejo vocês em dois dias para falar sobre esta emergência", publicou Macron no Twitter.

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Horas depois, o presidente Jair Bolsonaro respondeu o colega francês. Disse que, ao propor um debate sobre a Amazônia sem incluir os países onde está a floresta, Macrondemonstra uma "mentalidade colonialista". O brasileiro acusou Macron ainda de recorrer a "foto falsa". Na postagem que fez, Macron usou uma foto da floresta em chamas que não é atual. Ela foi feita pelo fotojornalista da National Geographic Loren McIntyre, que morreu em 2003.

Debate nas redes

Nas redes sociais, o tema também domina as discussões entre os internautas. Nas últimas 24 horas, ou seja, entre quarta e quinta-feira, 2,5 milhões de mensagens sobre a Amazônia foram publicadas no Twitter, sendo 993 mil em inglês, 683 mil em espanhol e 593 mil em português.

O Ministério Público Federal informou que abriu investigação no Pará sobre as queimadas. O órgão apura denúncias de que a Polícia Militar do estado parou de realizar a fiscalização de crimes ambientais, e existem indícios do sucateamento de órgãos ambientais da região.

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