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Professor preso por parabenizar homem que matou PM paga multa de R$ 1,2 mil

O homem, que havia sido processado por apologia ao crime, teve o processo substituído pelo cumprimento de algumas medidas, entre elas, o pagamento da multa

O professor que foi detido depois de elogiar os criminosos que assassinaram a tiros um cabo da Polícia Militar (PM) na noite de segunda-feira (16/9) em Ibirité, na Grande Belo Horizonte, terá que cumprir algumas medidas estipuladas pela Justiça. O rapaz participou de uma audiência onde se comprometeu a cumprir algumas medidas, em substituição do processo. Entre elas, está o pagamento de R$ 1,2 mil.

O homem, de 27 anos, foi ouvido ainda nessa terça-feira (17/9) no Juizado Especial Criminal. Como o crime é de pequeno potencial ofensivo, foi proposta a ele a substituição do processo por multa e outras medidas. O que foi acatado pelo professor. Ele fez o pagamento de R$ 1,2 mil. Com isso, ele terá que ficar entre dois a quatro anos sem cometer outro crime, para que o processo de apologia ao crime seja cancelado.

A ocorrência do professor foi registrada por volta das 11h. De acordo com a PM, após a divulgação de reportagens sobre a morte do cabo Sérgio Ricardo Silvério Cavalcanti, de 35 anos, o homem, por meio do Facebook, fez comentários sobre o assassinato. Ele parabenizou a ação dos atiradores. ;Parabéns ao menino da moto;, postou. Logo em seguida, foi respondido por outros internautas, que não gostaram do comentário.

A PM teve acesso às mensagens e começou os levantamentos para chegar até o homem. Ele acabou detido em casa. De acordo com a PM, as mensagens já tinha sido apagadas quando o rapaz foi encontrado. No boletim de ocorrência, consta a versão dos militares de que o homem confessou o crime. Ele foi encaminhado para a delegacia, onde deve responder por apologia ao crime.

[SAIBAMAIS]A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) afirmou, por meio de nota, que a Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C, responsável pela coordenação e acompanhamento da escola onde o professor trabalha, bem como a direção da unidade escolar estão cientes da ocorrência registrada pela Polícia Militar, mas ainda não conhecem o teor do registro. ;É importante ressaltar que cabe aos órgãos competentes a investigação dos fatos. A escola aguardará o resultado das apurações para adotar as eventuais medidas administrativas;, afirmou a SEE na nota.