Correio Braziliense
postado em 08/01/2020 10:35
A Polícia Militar de Minas Gerais prendeu um homem de 38 anos em Ribeirão das Neves, na Grande BH, por apologia ao crime. O detido criticou os esforços da corporação para prender a quadrilha acusada de torturar e tentar matar o coronel Alex de Melo, de 50 anos, e a cabo Raiana Figueiredo, de 34.Na mensagem publicada no Facebook, o homem disse que a polícia agiu “por égo (sic) e não por eficácia” ao prender três suspeitos de participação no crime. Outros três morreram em confronto com a corporação nessa segunda-feira (6/11).
“Dsveriam (sic) atacar mais PMs, pois só assim para a sociedade ver a PM trabalhar. Se os atacados não fossem PMs, (os criminosos) estariam por ai (sic) repetindo diversas vezes o crime e a PM fingindo ser cega, surda e muda”, afirmou o detido na rede social.
Ao tomar conhecimento da postagem, militares do 40º Batalhão da corporação se deslocaram ao Bairro Botafogo, em Ribeirão das Neves, onde o homem foi detido em casa.
Conforme o boletim de ocorrência, ao ser preso, ele disse que havia sido mal interpretado e que estava arrependido da mensagem. Ainda assim, os militares o levaram até a delegacia de plantão da cidade, onde ele ficou à disposição da Polícia Civil.
Policiais torturados
O casal de militares foi torturado e baleado dentro de casa em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite de domingo (5/1). Em entrevista coletiva, o coronel Olímpio Garcia, comandante do policiamento especializado, disse que a principal tese da corporação é que os criminosos agiram com ódio ao saber que as vítimas eram militares.
Os militares estão internados no Hospital João XXIII, na capital. Conforme o boletim, baleado na cabeça, o coronel reformado Alex de Melo, de 50 anos, perdeu a visão do olho esquerdo. Ele retomou a consciência e saiu do respirador mecânico na manhã de terça-feira (7/1). Nos próximos dias, ele vai passar por uma nova cirurgia para reconstrução óssea do palato e da mandíbula direita.
Já o estado de saúde da esposa dele, a cabo Raiana Figueiredo, de 34, inspira atenção. “Mantém estável a pressão intracraniana. Dentro da normalidade do esperado das 48h pós-cirurgia. Há previsão para esta quarta-feira (8/1) de nova tomografia para avaliação geral”, informou a PM. Além de tiros na cabeça e nas costas, ela sofreu fratura exposta em uma das pernas.
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