Um assessor de imprensa registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra a ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel, 48 anos, a acusando de homofobia. Alexandre de Alvim, 33 anos, procurou a delegacia no último domingo (21/6), para registrar o ocorrido e suposto o comentário criminoso em uma rede social.
O registro na polícia foi confirmado ao Correio pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Segundo a pasta, Alvim registrou um B.O. na delegacia eletrônica, “dizendo que havia respondido uma postagem racista da ex-jogadora e que foi respondida com uma mensagem injuriosa e homofobia”.
Ao jornal Folha de S. Paulo, o assessor enviou um print da mensagem privada que Henkel teria enviado. “A bicha se acha linda. Você é muito brega. P*** que pariu! Hahahahaha se olha no espelho. Você é muito brega bicha.", mostra a imagem divulgada por Alvim.
A reportagem não conseguiu contato com Ana Paula. No Twitter, ela comentou indiretamente o caso na manhã desta quarta-feira (24/6). “Trabalhando intensamente no meu curso (política americana, lançamento 4/7!) e no meu livro (Reagan!), mas passei para dizer que além de fascista, transfóbica, homofóbica, nazista, taxista, sambista e eletricista, eu tbm maltrato animais fofinhos e como gatinhos. Vão trabalhar.”, escreveu.
Trabalhando intensamente no meu curso (polÃtica americana, lançamento 4/7) e no meu livro (Reagan), mas passei para dizer que além de fascista, transfóbica, homofóbica, nazista, taxista, sambista e eletricista, eu tbm maltrato animais fofinhos e como gatinhos.
%u2014 Ana Paula Henkel (@AnaPaulaVolei)
Vão trabalhar.
Segundo a SSP-SP, o caso será encaminhado para a Delegacia de Atibaia e "a vítima foi orientada quanto ao prazo decadencial de seis meses para representação."
Acusação de racismo
No início do mês, em meio a uma das maiores ondas de protestos contra o racismo nos Estados Unidos, Ana Paula Henkel fez uma associação à população negra e estatísticas de crimes no país.
A partir de uma série de posts no Twitter, a ex-atleta, que atualmente mora nos Estados Unidos, defendia que a polícia mate mais brancos do que negros no país e negava a existência de um racismo sistêmico.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.