Atabaques
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As encostas que rodeiam o Lago Paranoá, a nordeste do Plano Piloto, escondem a casa de Adna Santos de Araújo e o terreiro de Mãe Baiana de Oyá. Uma e outra são a mesma pessoa física e dividem a mesma morada, um conjunto de barracos de madeira, tijolo, plástico, madeirite, folhas de amianto, que se destinam a abrigar a família de Mãe Baiana e suas atividades religiosas e políticas, no sentido mais amplo do termo.
[SAIBAMAIS]Casa fechada
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Na sexta-feira passada, o terreiro de Ilê Axé Oyá Bagan estava sendo preparado para a festa em honra do Senhor Boiadeiro das Sete Porteiras. As árvores e os pequenos arbustos floriam ; de florezinhas de plástico. As lâmpadas ganharam lustres de folhas de palmeiras. Os caibros foram revestidos com tecido de oncinha. Toalhas de chitão enfeitavam mesas e paredes. Vasos ganharam laçarotes de fitas vermelhas. No fogão a lenha, a feijoada fumegava num panelão preto. No sábado, seriam cozidos a galinhada, o feijão tropeiro e o caldo de mocotó. Aompanhados de cachaça e cerveja.
O quadro do lixão
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Apenas os pequenos cômodos descolados uns dos outros guardam a privacidade de Mãe Baiana e de seus dos filhos biológicos, Ekede Miriam e Ogan Thiago, e de seus cinco netos, quando vêm visitá-la. Adna tem um quarto devidamente equipado, ;uma quitizinha;, mas que serve de acomodações para hóspedes. ;Durmo em qualquer lugar. Boto minha esteira no barracão, estendo minha rede aqui (aponta para as árvores), durmo no sofá, durmo pendurada no pé de pau;, diz, divertindo-se com suas possibilidades.
Casa do caboclo
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Barracão
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