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Futuro chefe da Casa Civil, Hélio Doyle fala em concessão do Mané Garrincha

Em entrevista coletiva, jornalista afirmou também que será criada a Controladoria-Geral do DF, bancada pelo GDF, mas com autonomia

postado em 16/12/2014 16:26

O futuro chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Hélio Doyle, concedeu entrevista coletiva para anunciar mudanças que devem ser feitas a partir de 1; de janeiro de 2015, data inicial do governo Rodrigo Rollemberg (PSB). Entre as alterações, está uma possível concessão do Estádio Nacional Mané Garrincha. "Será muito difícil manter o modelo atual", afirmou.

Segundo Doyle, a arena de R$ 2 bilhões, palco da Copa do Mundo e do show do ex-beatle Paul McCartney, é um "ônus" para o DF. "Estudamos formas de concessão. Recebemos, inclusive, uma proposta de não conceder apenas a arena, mas toda aquela área no entorno, que inclue o Nilson Nelson e as piscinas. Mas nada está certo", disse. "O estádio tem um custo de manutenção muito elevado", continuou.

O número de secretarias, já reduzido para 24 (até lá, são 36), deve continuar a diminuir. A pasta do Turismo será "transitória". "Será criada uma empresa estatal responsável pelo tema", sintetizou o futuro secretário. Em relação às administrações regionais, também é avaliada uma redução. "Existem administrações que representam 400 mil habitantes, enquanto outras atendem a apenas 5 mil habitantes. Há uma tendência de reduzi-las. Nada, porém, está confirmado", afirmou.

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[SAIBAMAIS]A "radicalização na transparência", tão pregada no discurso de campanha de Rollemberg, vai começar pela criação de uma Controladoria-Geral do Distrito Federal, o que resulta no fim da secretaria de Transparência e Controle como acontece hoje. "A Controladoria será bancada pelo GDF, mas terá autonomia", assegurou. A atual secretaria de Ordem Pública e Social (Seops), por sua vez, vai ser parte da futura secretaria de Gestão do Território e Habitação.

Em nota enviada ao Correio Braziliense, a coordenadoria de comunicação da pasta que atualmente cuida do estádio rebateu Doyle, argumentando que "já era projeto da atual gestão realizar processo de concessão ou parceria entre o governo e o setor privado, com objetivo de profissionalizar a gestão do Mané Garrincha". Ainda de acordo com o GDF, "o futuro modelo de gestão do Mané Garrincha está em fase de estudo técnico pela Terracap" e apenas "caberá ao próximo governo dar andamento ao processo".

A comunicação para Grandes Eventos do atual governo Agnelo sustenta também que "o Mané Garrincha hoje é superavitário" e que o GDF "arrecadou, desde a inauguração, até o momento, R$ 4,8 milhões em taxas de ocupação pelos eventos realizados", o que, em tese, cobriria "as despesas de manutenção" com sobras.

De acordo com site do governo federal, o custo do Estádio Nacional de Brasília foi de aproximadamente R$ 1,4 bilhão.

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