Cidades

Roubado em 1986, Pedrinho comemora resgate de bebê levado do Hran

'A família não sofreu por tanto tempo. Bom demais', comentou o hoje advogado Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto, 31 anos, em entrevista ao Correio

Renato Alves
postado em 07/06/2017 16:28
'A família não sofreu por tanto tempo. Bom demais', comentou o hoje advogado Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto, 31 anos, em entrevista ao <b> Correio </b>
;Acompanhei as notícias o dia inteiro. E gostei muito do final. A família não sofreu por tanto tempo. Bom demais.; As palavras são daquele que ficou famoso nacionalmente como o recém-nascido roubado na maternidade do Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, em janeiro de 1986 e encontrado só em 2002, em Goiânia. O hoje advogado Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto, 31 anos, fez questão de se informar sobre o mais recente caso de bebê roubado em Brasília. E vibrou por não ter demorado tanto quanto o caso dele para ter um final feliz.

Pedrinho, como é mais conhecido, diz ter ficado até tarde da noite de terça-feira (6) acessando as notícias em sites, na companhia da mulher, Nábyla. Ambos, segundo ele, ficaram aliviados, ao saber, na manhã desta quarta-feira (7) do desfecho da investigação do sumiço de Johny dos Santos Júnior, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Pedro é casado com Nábyla, uma baiana com quem tem um filho de 4 anos, João Pedro. Eles moram em um apartamento na Asa Norte. Trabalhando em um grande escritório de advocacia da capital da República, ele atua em casos de repercussão nacional. Semana passada, inclusive, voltou ao noticiário ao assinar como um dos defensores do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de receber propina em esquema de corrupção.
Inscrição de Pedro no site da OAB-DF

Formado em direito pelo UniCeub, o advogado Pedro Júnior trabalha no escritório Alckmin Advogados, de José Eduardo Rangel de Alckmin, primo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). José Eduardo Rangel de Alckmin, inclusive, é o advogado de acusação no julgamento da chapa Dilma-Temer, que começou terça-feira e continua nesta quinta, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Caso Pedrinho
O rapto do menino Pedrinho é o caso de sequestro de bebê mais famoso do Brasil. Desde o seu desfecho, em 2002, quando policiais de Brasília descobriram o paradeiro do garoto, em Goiânia, ele ganhou as capas de jornais e de revistas, inspirou novela, foi tema de documentários e de um livro.
[SAIBAMAIS]O drama da família de Pedrinho começou em janeiro 1986, na maternidade do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, e só acabou 16 anos depois. Disfarçada de enfermeira, Vilma Martins Costa chegou ao quarto onde a mãe de Pedrinho se recuperava do parto e roubou o bebê.

Vilma simulou uma gravidez e sequestrou a criança para forçar o companheiro, Osvaldo Martins Borges, a se casar com ela. Osvaldo se separou da família e criou Pedrinho com Vilma, em Goiânia, como se fosse seu filho legítimo. A farsa só foi descoberta em 2002, após a morte de Osvaldo. A suspeita do crime foi confirmada com teste de DNA, em 8 de novembro daquele ano. Antes do teste, os pais verdadeiros de Pedrinho, Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Braule Pinto, chegaram a fazer ao todo cinco exames de reconhecimento de paternidade.
Vilma Martins foi condenada por sequestro e registro falso. Ganhou a liberdade condicional em agosto de 2008, após cumprir cinco dos 19 anos da pena. Pedro mudou-se para a casa dos pais biológicos, em 2003.

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