Cidades

Ministério Público denuncia acusados de fraude na liberação de ônibus

MPDFT apresentou, na segunda-feira, denúncia contra presos na Operação Check List. A ação desmantelou esquemas de corrupção na Semob e em cooperativas

postado em 24/10/2017 09:20
Policiais civis levam um dos acusados: ônibus circulavam com falhas graves, como rampa de acesso a cadeirantes sem funcionamento
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou cinco pessoas acusadas de envolvimento no esquema de cobrança de propina para a liberação de ônibus sem condições de rodar na Rodoviária do Gama. O esquema foi desvendado na segunda fase da Operação Check List. Caso a Justiça aceite a denúncia, apresentada na segunda-feira (23/10), os suspeitos responderão por corrupção ativa e passiva, associação criminosa, advocacia administrativa e exigência de vantagem indevida.


[SAIBAMAIS] Nessa fase, a presidente de uma das duas cooperativas envolvidas chegou a ser presa temporariamente. Dois dos fiscais detidos nessa fase podem ter recebido R$ 10 mil cada um em propina, segundo estimativas da Polícia Civil. De acordo com a investigação, o grupo cobrava entre R$ 30 a R$ 40 por semana, por veículo. Ambos os fiscais continuam presos. O delegado Virgílio Agnaldo Ozelami, da Delegacia Especial de Combate aos Crimes contra a Administração Pública (Decap), admitiu que até 40 coletivos podem ser impedidos de circular.

Em duas etapas, uma em setembro e outra no início deste mês, a Polícia Civil prendeu 18 pessoas supostamente envolvidas com o esquema. Na primeira parte da operação, os agentes detiveram empresários, auditores e funcionários que segundo a denúncia, liberavam, irregularmente, ônibus em sete cidades do DF.

Além do Ministério Público e da Decap, a Secretaria de Mobilidade (Semob) participou das investigações. No dia da deflagração da primeira fase, a pasta afirmou, em nota, que ;tem atuado no sentido de moralizar e combater todo e qualquer tipo de ilegalidade no sistema de transporte;.

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