Cidades

Máfia das Funerárias: 10 dos 12 envolvidos continuam presos

Dez dos 12 suspeitos de fazerem parte da Máfia das Funerárias vão ficar na cadeia por tempo indeterminado. Entre os presos, está o médico Agamenon Borges

Ricardo Faria - Especial para o Correio, Mayara Subtil - Especial para o Correio
postado em 31/10/2017 12:39
A conversão para prisão preventiva foi decretada pela 5ª Vara Criminal de Brasília
Por determinação judicial, 10 dos 12 suspeitos da Operação Caronte vão continuar na cadeia por período indeterminado. A Polícia Civil do Distrito Federal ainda investiga a organização criminosa chamada Máfia das Funerárias. O médico Agamenon Martins Borges, apontado como o "cabeça" da máfia e responsável pela emissão dos atestados falsos, é um dos que permanecem detidos. A reclusão, anteriormente temporária, venceria nesta terça-feira (31/10). O decreto para a prisão preventiva foi expedido pela 5; Vara Criminal de Brasília.


[SAIBAMAIS]Segundo o diretor da divisão de assuntos internos da Corregedoria Geral da Polícia Civil, delegado Marcelo Zago, a prisão preventiva foi determinada a partir do momento em que a Justiça compreendeu que os suspeitos poderiam atrapalhar as investigações. "É uma garantia da ordem pública. Fizemos um estudo das pessoas que deveriam continuar detidas. Eles podiam ocultar provas e abordar possíveis testemunhas", explicou o delegado.

Apenas dois alvos da operação, Alex Bezerra do Nascimento e Valtercícero dos Santos, foram soltos na madrugada desta segunda-feira (30/10). Ambos são funcionários de funerárias e estavam presos desde o dia 26. A polícia entendeu que não havia necessidade de eles permanecerem na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Além disso, os dois garantiram às autoridades que vão colaborar com as investigações.

Operação


Em 26 de outubro, nove pessoas foram presas após a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrar a Operação Caronte, contra a Máfia das Funerárias. Durante as investigações, os policiais constataram que os criminosos lucravam com dor de quem perdeu um ente querido. Além de interceptar o sinal do rádio da polícia para obter dados pessoais das famílias, o grupo criminoso prestava serviços funerários a preços superfaturados. No total, 12 mandados de prisão, além de busca e apreensão, foram expedidos pela Polícia Civil.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação