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Rodas da Paz pede que Ministério Público investigue caso Raul Aragão

ONG Rodas da Paz pede que Ministério Público assuma o caso de Raul Aragão, atropelado em 21 de outubro. Acusado deve ser ouvido até quarta-feira


O servidor público aposentado Helder Gondim, 62 anos, pai de Raul Aragão, 23, carrega o peso de ter perdido um filho. Ao lembrar do então estudante de sociologia, que lutava veemente por melhorias do ciclismo no Distrito Federal, perpetua o silêncio e a tristeza de um homem inconformado. Como se não bastasse o luto, mais um obstáculo apareceu na vida da família Gondim/Aragão: a resolução do caso da morte do jovem, atropelado próximo de casa em 21 de outubro.
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[SAIBAMAIS] Para que as investigações avancem, a ONG Rodas da Paz resolveu protocolar um pedido de acompanhamento ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) do inquérito policial para assumir o caso. O documento foi entregue pelos pais, amigos e representantes da ONG no órgão nesta segunda-feira (6/11). "A gente ainda vive um luto, mas não podemos ficar em casa parados. Queremos que isso seja resolvido logo. Fizemos de tudo pelo Raul em vida. Não vamos deixar que o esforço dele (pelo ciclismo) tenha sido em vão", opinou Helder Gondim. O caso encontra-se na 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte).

No documento, a ONG alega que, após 15 dias do falecimento de Raul, o motorista do carro que atropelou o rapaz, identificado como Johann Homonnai, 18, não havia sido chamado para prestar depoimento na delegacia. "Sempre que há um caso como o do Raul, em que há atropelamento que resulta em morte, pedimos ajuda do Ministério Público. É estranho que nem o motorista tenha sido encaminhado para depoimento até agora", disse uma das representantes da organização, Renata Florentino.
, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.