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Descoberto sobe acima do esperado, mas fim do racionamento está longe

Primeira medição de fevereiro indica que o reservatório responsável por atender a mais da metade da população do DF atingiu valores previstos para março

"Estamos na expectativa para os próximos meses. Tivemos dois meses chuvosos e um janeiro abaixo da média", analisa o superintendente de Recursos Hídricos do órgão, Rafael Mello. Em novembro e dezembro, o Inmet registrou para . No entanto, 2017 terminou com .

Ainda de acordo com Mello, o volume de chuvas é importante principalmente para abastecer a represa Santa Maria. "A barragem fica mais perto de nascentes do parque. Não é como o Descoberto, que recebe água dos vários rios da bacia", explica.

O Santa Maria registrou crescimento tímido nesta estação chuvosa. De 22,5% em 1; de dezembro, o índice subiu pouco mais de 13 pontos percentuais no período e chegou a 35,36%. Enquanto isso, o Descoberto pulou de 9,3% para 43% nos dois últimos meses.
Isso significa que, enquanto o Descoberto deve tranquilamente chegar aos 50% antes da estiagem, o aumento no nível do Santa Maria precisará se acelerar para atingir os 47% previstos para maio. O reservatório localizado no Parque Nacional de Brasília precisará bater a meta porque, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), a maior parte da captação do Sistema Torto/Santa Maria sairá de lá a partir do início da seca, em meados de maio. Enquanto há chuvas, a estatal consegue captar água dos córregos Torto e Bananal, além do Lago Paranoá.

Racionamento sem previsão de fim

O fim do racionamento, segundo o superintendente, dependerá do andamento das obras para interligar os sistemas e da conclusão da barragem Corumbá IV. A captação do novo reservatório deve começar até dezembro, segundo estimativa do Governo do Distrito Federal.
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