Cidades

Trem do metrô descarrila em Águas Claras e serviço fica interrompido

Não há previsão de quando o metrô voltará a funcionar nas estações afetadas. Ninguém se feriu. Volta para casa deve ficar comprometida

Sarah Peres - Especial para o Correio, Deborah Novais - Especial para o Correio, Lucas Vidigal - Especial para o Correio
postado em 28/02/2018 09:36

[FOTO1113605]

Um trem do metrô descarrilou entre as estações Águas Claras e Arniqueiras, na manhã desta quarta-feira (28/2), interrompendo o serviço em um ponto crítico da linha, causando transtorno aos usuários.

Segundo a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô/DF), o trem apresentou problemas no freio e, por isso, os passageiros desceram na Estação Águas Claras. O descarrilamento aconteceu pouco depois, quando só o condutor estava na composição. Ele não se feriu.

O serviço chegou a ser interrompido em várias estações, mas foi restaurado em todos os terminais, com exceção do de Arniqueiras. A previsão é de que o metrô volte a funcionar normalmente amanhã. .

Ate a normalização, os carros que saem de Samambaia e Ceilândia seguem apenas até Águas Claras, onde o passageiros pegam um ônibus gratuitamente até a estação Arniqueiras, para, então seguir viagem de metrô. Já quem sai da estação Central rumo a Samabaia e Ceilândia para em Arniqueiras e vai de ônibus até Águas Claras (veja mapa abaixo).

De acordo com o diretor de assuntos jurídicos do Sindicato dos Metroviários (Sindmetrô), Leandro Santos, essa interrupção deve durar o dia todo. "Como o trem saiu dos trilhos em uma área de transição de todos os sentidos do metrô, todo o trecho está fechado. A empresa está vendo o que pode ser feito, mas não há previsão para o retorno das atividades", afirmou. De fato, o Metrô informou que a estaçao Arniqueiras só deve ser normalizada na quinta-feira (1;/3).

Não há previsão de quando o metrô voltará a funcionar nas estações afetadas. Ninguém se feriu. Volta para casa deve ficar comprometida

Confusão nas estações

Os passageiros que esperavam pelo metrô não sabiam o que fazer. Há relatos de movimentação acima do normal nas estações Águas Claras e Arniqueiras, as duas em que o serviço ficou completamente interrompido.

Os servidores do Metrô/DF chegaram a fechar os gradis de entrada para impedir a circulação. Quem não foi avisado do descarrilamento ficou do lado de fora, sem entender o que havia ocorrido.

O garçom Rafael Alvez, 35 anos, pegou o metrô sentido Central, por volta de 8h30, na estação Ceilândia Centro, próximo de onde ele mora. Ele conta que, perto das 9h30, o trem parou na estação Águas Claras por pelo menos 10 minutos.

"Depois de ficarmos esperando, eu e os outros passageiros decidimos descer para ver o que havia acontecido, porque nem nos avisar eles têm capacidade de fazer. Sorte que não tinha ninguém e não era em horário de pico, porque, se não, seria um quebra-pau. De um tempo para cá, o metrô está sempre apresentando problemas, o transporte está um caos", opina (confira, abaixo, os casos mais recentes de falha no metrô).

Os passageiros desceram na estação Águas Claras, onde a bilheteria devolveu o dinheiro da passagem. Rafael, que seguia para o trabalho, na Esplanada dos Ministérios, certamente se atrasaria para o serviço. "Eu avisei na minha empresa, mas toda a situação é desagradável. O transtorno de termos que pegar outro transporte é grande", conclui.

[VIDEO2]

[VIDEO1]

Metrô passa por problemas frequentes

Somente nos últimos três meses, pelo menos outros cinco casos interromperam a circulação dos trens. Na manhã de 23 de janeiro, durante o horário de pico, um dos veículos apresentou falhas no sistema pneumático entre as estações de Arniqueiras e Guará. O episódio resultou em grandes filas até a operação ser normalizada cerca de uma hora depois.

Em 2017, dezembro foi o mês que mais registrou problemas. Somente na primeira semana, dois princípios de incêndio aconteceram nos vagões. Em 1;/12, as chamas queimaram uma peça conhecida como churrasqueira, que serve para dissipar o calor, na estação Arniqueiras. O trem foi substituído, e houve um atraso de 20 minutos na circulação.

Na noite de 6 de dezembro, o fogo que começou no circuito elétrico dos trilhos assustou os passageiros que estavam no Guará. A operação parou por 25 minutos.

Também houve transtornos no dia 11 daquele mês, no início da manhã. O serviço registrou atraso de 20 minutos. Uma falha no compressor obrigou os passageiros a descer na estação Concessionárias e aguardar pelo trem seguinte.

Aproximadamente três semanas depois, problemas na comunicação entre os metrôs, centro de controle operacional e via na estação Asa Sul deixaram a população com ao menos uma hora de atrasos.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação