Cidades

Preso grileiro que vendia lotes irregulares a R$ 80 mil no Altiplano Leste

O homem se apresentava como corretor imobiliário, mas não tinha credenciamento. Ele é acusado de negociar lotes na região conhecida como Boa Vista, no Paranoá. Polícia investiga participação de outras pessoas no esquema, que poderia render R$ 2,6 milhões aos grileiros

Mariana Niederauer
postado em 26/04/2018 20:39
Mão segura cifrão que se desmancha.Um homem de 45 anos foi preso acusado de parcelamento irregular de terrenos no Altiplano Leste, no Paranoá. Agentes da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) investigaram denúncias de grilagem de terras na região conhecida como Boa Vista e flagraram uma área de propriedade da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) fechada por muros e com ruas abertas em seu interior.

As investigações apontaram que a área seria fracionada em 35 lotes, de 600m; cada, ofertados por R$ 80 mil. Ao todo, os responsáveis pela grilagem receberiam aproximadamente R$ 2,6 milhões.
A prisão aconteceu na quarta-feira (25/4). Os policiais entrevistaram testemunhas e identificaram o suposto corretor imobiliário que negociava os lotes irregularmente. Mesmo sem ter registro no conselho de classe, o Creci-DF, o homem anunciava, segundo a polícia, as frações no local.
Equipes da Dema constataram que havia anúncios de vendas dos loteamentos na internet. Durante a diligência, os policiais civis encontraram o suspeito no local, acompanhado de uma mulher que havia pagado por um dos lotes irregulares e que tinha interesse em vendê-lo.
O acusado recebeu voz de prisão no local e será indiciado pelos crimes de parcelamento irregular do solo para fins urbanos e exercício ilegal de profissão ou atividade. Ele está preso na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).
As investigações continuam, segundo a Polícia Civil, com o objetivo de identificar outros participantes dos crimes e possíveis compradores dos lotes irregulares.


Região visada

Em 2013, três pessoas foram presas enquanto negociavam lotes em um parcelamento irregular na mesma região, próximo à divisa com o Lago Sul. Algumas unidades chegavam a custar R$ 260 mil e a venda dos lotes ilegais poderia render até R$ 1,5 milhão aos suspeitos.

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