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Após incêndio, andares de prédio da 110 Norte começam a ser escorados

Três andares do edifício receberão suporte de estruturas metálicas. O sexto andar, segundo engenheiro, é a prioridade

. A previsão é de que, até o domingo (20/5), 20 torres metálicas sejam usadas para escorar os quarto, quinto e sexto andares.

"Cada uma suporta 24 toneladas. Teremos 480 toneladas de suporte para aguentar o peso da estrutura", explicou o engenheiro responsável pelo escoramento, Renato Cortopassi. Ao menos 12 pessoas vão trabalhar nos próximos dias, se revezando em dois turnos de 12 horas. "Tudo depende do escoramento. Se nós atrasarmos, algo pior pode acontecer. A estrutura foi degradada e está com problema de resistência. Temos que ser rápidos", acrescentou.

[SAIBAMAIS]Como o abastecimento elétrico do prédio está cortado e o elevador não está funcionando, os funcionários terão de carregar os andaimes pelas escadas. O quinto andar será o primeiro a ser escorado, para garantir melhor sustentação ao piso do sexto andar. "Ele (o sexto) foi muito afetado. É a nossa emergência. O jeito mais correto de trabalharmos é iniciando pelo quinto. Precisamos escorar o de baixo para servir de suporte", explicou Renato.

Depois do quinto, o sexto andar será escorado. Por fim, como medida de segurança, o quarto andar também receberá as torres metálicas. A previsão é de que os moradores do prédio possam voltar aos apartamentos apenas no dia 28 deste mês. "Com o escoramento, queremos deixar a estrutura segura. Depois, vamos reparar as partes hidráulica e elétrica do prédio, que devem levar uma semana para ficar prontas", concluiu.

Quatro coberturas atingidas

Na segunda-feira (14/5), o fogo, que começou por volta das 15h30, só foi totalmente apagado às 20h30. Das oito coberturas individuais, quatro foram atingidas de alguma forma pelo incêndio. A fumaça tomou conta de toda a prumada. As chamas, no entanto, ficaram contidas no apartamento 603. O calor chegou a danificar parte do 604.

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Atuaram no combate às chamas e no resgate às vítimas cerca de 50 militares, seis viaturas, duas escadas, quatro ambulâncias, além de carros da Polícia Militar, que organizaram o trânsito, já que o Eixinho W ficou fechado durante o combate às chamas.

Por volta das 19h30, a entrada de parte dos proprietários foi liberada, apenas para que eles pegassem alguns objetos essenciais. Nos apartamentos mais próximos ao fogo, quem pegou os pertences foram os próprios militares.