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Em 9 dias de greve, 744 caminhões foram escoltados para abastecer o DF

Somente hoje, a Polícia Militar escoltou cerca de 100 caminhões-tanque com combustível para a capital. O Exército, a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal acompanharam outros 200 veículos

Luiz Calcagno
postado em 29/05/2018 20:21

Caminhão de combustível escoltado pela PM

Apenas nesta terça-feira (29/5), a Polícia Militar escoltou cerca de 100 caminhões-tanque com combustível para a capital federal. Além disso, o Exército, a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanharam outros 200 veículos com cargas diversas para a região. O balanço foi divulgado pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, após uma visita oficial ao gabinete de crise da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, reunido para solucionar as carências da cidade causadas pela greve dos caminhoneiros.

[SAIBAMAIS]O movimento grevista chega ao 9; dia e, no período, forças de segurança locais e federais já escoltaram um total de 744 caminhões para o DF. Além disso, a Força Aérea Brasileira disponibilizou um avião Hércules para transportar um carregamento de soro fisiológico de uma fábrica de São Paulo (SP) para os hospitais públicos da capital. ;Todos esses serviços são motivo de preocupação. Nesse momento, estamos com 48 caminhões de álcool anidro, que devem chegar ao DF amanhã, vindo de diversas regiões, e é muito importante para fazer a mistura da gasolina;, disse o governador.

Rollemberg afirmou, ainda, que o transporte público tem combustível para rodar, pelo menos, até sexta-feira. Questionado sobre uma possibilidade de normalização da situação, afirmou que é cedo para avaliar. ;A questão da normalidade da situação depende de um acordo (dos caminhoneiros) com o governo federal. Soubemos de algumas rodovias que estão funcionando melhor. Mas é cedo para fazer avaliação em relação a isso;, afirmou.

Cerca de 40% dos estudantes faltaram às aulas

O secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena da Fonseca, por sua vez, comentou a situação dos hospitais. Além da urgência em conseguir soro fisiológico para manter as cirurgias de emergência e as internações, ele afirmou que há uma preocupação com óleo de caldeira e estabelecimentos de saúde da capital consomem uma média de 2,5 mil frascos de 500ml de soro por dia. ;Estamos abastecidos de todos os produtos. O oxigênio dura até o fim da semana, mas esperamos conseguir mais;, tranquilizou.

Já o chefe da Secretaria de Educação, Júlio Gregório Filho, informou que cerca de 40% a 50% dos alunos faltaram no primeiro dia de aula após o recesso de segunda-feira. De acordo com o gestor, além disso, escolas públicas de Planaltina e Gama foram as que registraram o maior número de faltas de professores, pois vários desses profissionais lotados nas regiões administrativas moram no Entorno.

Apesar disso, Júlio Gregório Filho disse que só considerará a falta de combustível como justificativa caso a unidade de ensino fique em uma região rural sem transporte coletivo regular. ;Os professores terão as faltas registradas. Além disso, os diretores que resolveram prorrogar o recesso até segunda-feira não têm competência legal para isso e também terão de prestar informações acompanhadas de um calendário de reposição dos dias letivos suprimidos antes do segundo semestre;, avisou.

O gestor garantiu que não faltará alimento nas escolas. ;Estamos com falta de hortifrutis, mas temos alimentos não perecíveis o suficiente para alimentar os estudantes;, acrescentou.

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