Cidades

Adolescente suspeito de matar Maria Eduarda é apreendido pela segunda vez

A morte da vítima teria sido motivada por disputas territoriais entre gangues da região

Walder Galvão - Especial para o Correio
postado em 29/06/2018 09:44
Maria Eduarda foi baleada na cabeçaAgentes da 24; Delegacia de Polícia (Setor O, em Ceilândia) apreenderam, pela segunda vez, um dos adolescentes suspeitos de ter participado da morte de Maria Eduarda Rodrigues de Amorim, 5 anos. Ela foi morta com um tiro na cabeça em 21 de maio deste ano, na QNO 18, em Ceilândia. O investigado foi encontrado pela corporação em 29 de maio, no entanto, não havia mandado que o privasse de liberdade.

A morte de Maria Eduarda teria sido motivada por disputas territoriais entre gangues da região. O único adulto entre os adolescentes continua foragido.
Os investigadores ainda procuram por Walisson Ferreira da Silva, 21 anos, suspeito de estar com o grupo que realizou os disparos contra a criança.
A Polícia Civil informou que, no momento da apreensão, o adolescente estava com uma pistola. Além disso, ele é apontado como um dos líderes da Gangue 17 do Mal, grupo composto principalmente por adolescentes acusado de cometer diversos crimes em Ceilândia.

Investigação

Os disparos que mataram Maria Eduarda e deixaram um irmão dela, de 19 anos, ferido, saíram de um Voyage preto. A suspeita é de que os três adolescentes teriam roubado o veículo cerca de 20 minutos antes. Um agente encontrou o carro abandonado, na noite de terça-feira, em Ceilândia. Outra vítima recente da disputa entre jovens moradores da QNO 17 e QNO 18 é um rapaz 17 anos, jogador de futebol amador, assassinado em uma parada de ônibus da QNO 17, ao lado da irmã de 12 anos.

Agentes da 24; Delegacia de Polícia afirmam ter apreendido suspeitos dos crimes, em operações desencadeadas pela unidade para desarticular o comando das gangues da região. A matança teria reiniciado após um dos adolescentes fugir de um centro de internação e retornar à QNO 18, onde mora, há uma semana. Com um amigo, também morador da área, ele encontrou um terceiro adolescente, rival, residente na QNO 17, em 17 de maio. A dupla o espancou e o ameaçou de morte. Até então, ela não teria nenhum envolvimento na rixa entre as quadras.

Três dias depois, no domingo, o adolescente da QNO 17 e um amigo foram a uma parada de ônibus da quadra. Encontraram o jogador de futebol amador de 17 anos e a irmã dele. No mesmo momento, passou o bando da QNO 18 que havia agredido o rapaz da 17. A turma da 18 abordou o jovem atleta. Questionaram a quadra dele. Antes que reagisse, o menino levou três tiros. Caiu morto ao lado da irmã. Parentes, vizinhos e policiais garantem que eles não tinham envolvimento com gangue ou crime algum.

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