Cidades

Assassino de Janaína Romão está foragido e é perigoso, diz delegado do caso

Vítima de feminicídio, Janaína Romão já havia registrado duas ocorrências por violência doméstica contra o ex-companheiro, Stefanno Jesus Souza de Amorim

Adriana Bernardes
postado em 15/07/2018 17:15
Janaína Romão foi socorrida, mas morreu no hospital
Assassinada a facadas na noite de sábado (14/7), Janaína Romão Lúcio, 30 anos, já havia registrado duas ocorrência de violência doméstica contra o ex-companheiro, Stefanno Jesus Souza de Amorim, 21 anos. O delegado-chefe adjunto da 33; Delegacia de Polícia (Santa Maria), Alberto Rodrigues informou, por meio da Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom), que Stefanno "pode ser considerado perigoso por conta de diversos antecedentes criminais". Porém não detalhou o histórico de crimes.

O Correio apurou que, em dezembro de 2017, Steffano parou na delegacia após se envolver em uma briga. Por causa disso, foi feito um Termo Circunstanciado em que ele aparece como autor e vítima de ameaça e desacato. Em abril deste ano, foi registrado outro Termo Circunstanciado por disparo de arma de fogo e uso e porte de drogas.

Janaína recebeu cinco facadas quando foi buscar as duas filhas do casal na casa do ex-companheiro. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas morreu no Hospital Regional de Santa Maria às 20h45 de sábado. Familiares ouvidos informalmente pela polícia disseram ter presenciado uma discussão do casal pouco antes do crime. O motivo seria ciúmes.
Stefanno é procurado pela polícia por matar a ex-companheira
O delegado Alberto Rodrigues informou ainda que as diligências prosseguem para apurar o feminicídio e prender o acusado. Um inquérito policial já foi instaurado na 33; Delegacia de Polícia. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o corpo deve ser liberado para a família neste domingo (15/7). Stefanno é considerado foragido e a polícia pede ajuda para encontrá-lo. Quem tiver notícias do paradeiro do suspeito pode denunciar pelo número 197.

Repúdio à violência contra mulheres

Janaína trabalhava na Secretaria Nacional de Cidadania, do Ministério dos Direitos Humanos. Em nota, o ministro da pasta, Gustavo Rocha, lamentou a morte de Janaína e manifestou repúdio aos crimes praticados contra as mulheres. "O Ministro repudia com veemência a violência contra as mulheres e reforça a gravidade desta situação. O Ministério está em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para acompanhar de perto as investigações do assassinato de Janaína."
O velório está marcado para segunda-feira (16/7), às 12h, na capela 3 do Cemitério do Gama, e o sepultamento, previsto para as 15h30.

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