Bruna Lima - Especial para o Correio, Isabela Guimarães*
postado em 30/07/2018 18:50
A Controladoria-Geral do Distrito Federal investiga um esquema de fraude na bilheteria da Fundação Zoológico de Brasília. Depois de uma apuração interna, a instituição verificou que funcionários responsáveis pelas vendas dos ingressos estavam burlando o sistema. Cinco terceirizados foram demitidos.
O caso começou a ser analisado após um visitante relatar a atividade suspeita à ouvidoria do Zoológico. O denunciante narrou que havia comprado seis ingressos, mas que recebeu somente três bilhetes. Mesmo com um número inferior de entradas em mãos, todos os seis visitantes foram liberados para entrar no local.
O caso denunciado aconteceu em 18 de julho. Desde então, a administração do Zoológico passou a analisar as câmeras de segurança e constataram a fraude. No período de 20 dias três situações semelhantes foram flagradas, mas como as imagens só ficavam armazenadas durante um mês, a administração trabalha com a hipótese da irregularidade já ter sido praticada antes.
A suspeita é de que os tíckets não entregues eram revendidos por fora e o dinheiro, embolsado pelos funcionários que participavam do esquema. As imagens flagraram dois dos responsáveis pelas vendas realizando a infração. Porém, todos os cinco que trabalhavam na bilheteria foram demitidos. A justificativa do Zoológico foi que "todos realizavam um rodízio no serviço".
De acordo com o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Gerson Norberto, o processo de bilhetagem é ultrapassado, o que teria facilitado a atuação criminosa. "O atual sistema é falho porque são só dois tipos, inteira e meia. A nova proposta prevê 16 relatórios diferenciados, com categorias para idosos, crianças, estudantes, deficientes, por exemplo;, disse.
Norberto ressaltou, ainda, que a instituição espera a instalação de 39 câmeras doadas pela Receita Federal, além da locação de outras 250, que aguardam processo licitátorio. O reforço foi anunciado em uma audiência, em abril, quando o Zoológico enfrentou um processo judicial que ameaçou o fechamento do local para visitação por falta de segurança.
A direção pediu para que caso algum visitante tenha passado por situação parecida, que denuncie na ouvidoria da instituição pelo telefone: 34457037
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer