Cidades

Acusado de jogar a mulher do 3º andar é denunciado por feminicídio

Caso a denúncia do Ministério Público seja aceita, Jonas Zandoná será julgado pelo Tribunal do Júri. Carla Graziele Rodrigues Zandoná morreu após cair do prédio em que o casal morava, na 415 Sul

Correio Braziliense
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postado em 22/08/2018 13:08
A vítima, Carla Graziele Zandoná, 37 anos, caiu do 3° andar do prédio
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Jonas Zandoná, 44 anos, à Justiça. Ele é acusado de jogar a mulher, Carla Graziele Rodrigues Zandoná, 37, da janela do terceiro andar do Bloco T da 415 Sul. O órgão pede que ele vá a júri popular e responda por homicídio qualificado por feminicídio, motivo fútil e emprego de meio cruel.

Consta no documento do MPDFT que ;o Denunciado, livre para agir de modo diverso e consciente dos seus atos, com intenção homicida, empurrou a esposa (...) da janela do terceiro andar do referido prédio, a qual veio a óbito em decorrência das lesões experimentadas da queda, conforme se pode extrair do laudo cadavérico a ser juntado oportunamente aos autos;.

Caberá ao juiz do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) aceitar a denúncia e decidir se o acusado deve ou não ser julgado pelo Tribunal do Júri. O crime aconteceu em 6 de agosto e não foi filmado por câmeras e nem teve testemunhas oculares. Uma militar do Corpo de Bombeiros que chegava ao local se deparou com a vítima.

Socorristas chegaram a levar Carla Graziele para o Hospital de Base, mas ela não resistiu. Uma pessoa interfonou para Jonas, mas ele desligou o aparelho. Além de não prestar socorro, o acusado tentou impedir que a Polícia Militar entrasse na residência. Ele permanece preso preventivamente.

De acordo com o delegado da 1; Delegacia de Polícia, João Ataliba Neto, o acusado negou o crime e disse estar bêbado no momento do fato e não se recordar do que aconteceu. O mesmo argumento foi usado por Jonas em outras ocorrências de violência doméstica. Vizinhos contaram à polícia que as brigas entre o casal eram frequentes. A mulher já havia inclusive denunciado o marido e conseguido, na Justiça, em 2017, uma medida protetiva contra ele. O acusado ainda não tem advogado, segundo consta no processo no TJDFT.

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