Cidades

Traficante que extorquiu R$ 230 mil tem prisão convertida em preventiva

Suspeito foi preso em flagrante no domingo (26/8). Um dos clientes do jovem gastou pelo menos R$ 230 mil comprando crack e entregou até carro para quitar dívidas

Augusto Fernandes
postado em 27/08/2018 14:21
O suspeito comprava de 100 a 150 gramas da droga em Ceilândia para revender no Plano Piloto
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) determinou que a prisão de um jovem de 27 anos, acusado de liderar uma quadrilha de tráfico de drogas no Plano Piloto, fosse convertida em preventiva. Na manhã desta segunda-feira (27/8), o criminoso passou por audiência de custódia e o Judiciário aceitou a denúncia da Polícia Civil, que havia prendido o traficante em flagrante na madrugada de domingo (26/8), no Gama.

A decisão é da juíza de direito Flavia Pinheiro Brandão, da 4; Vara de Entorpecentes do Distrito Federal. Segundo Flávia, a prisão do acusado visa garantir a ordem pública. "O autuado é um traficante que possui modus operandi violento, extorquindo familiares para que quitem os débitos de seus filhos, enviando ;cobradores; às casas dessas pessoas. Inclusive, há a notícia de que essa realidade impediu que algumas testemunhas se encorajassem a formalizar suas declarações pelo temor de represálias", explicou a juíza.

A investigação da Polícia Civil apontou que um dos clientes do criminoso era um jovem de 26 anos, filho de servidores públicos e morador da Asa Sul. O rapaz teria gasto mais de R$ 230 mil de uma herança para adquirir crack com o traficante e também entregou um carro ao criminoso para quitar dívidas decorrentes do vício.

[SAIBAMAIS]A defesa do jovem se manifestou pela concessão da liberdade provisória, no entanto, o pedido foi negado. De acordo com o tribunal, os antecedentes criminais do suspeito reforçam a necessidade da prisão preventiva. O traficante já havia sido preso em 2009 por corrupção de menores combinada com roubo; em 2011, por porte de drogas; e em 2015, por tráfico.

Durante a prisão deste fim de semana, agentes da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil o encontraram com 20 gramas de crack, uma arma falsa e cerca de R$ 2 mil em espécie. "Os fatos evidenciam a periculosidade e caracteriza situação de acentuado risco à incolumidade pública, suficientes para justificar a segregação cautelar, não se mostrando suficiente a imposição de nenhuma das medidas cautelares admitidas em lei", ressaltou Flávia.

Se condenado, o suspeito pode ficar mais de 15 anos preso. Ele deve responder pelos crimes de extorsão, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

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