Cidades

Justiça solta acusado de vender cocaína na Esplanada dos Ministérios

Em fevereiro deste ano, a Operação Develivery, da Polícia Civil do Distrito Federal, resultou na prisão de 23 pessoas acusadas de participar do esquema. Servidores públicos eram clientes dos suspeitos de tráfico

Walder Galvão - Especial para o Correio
postado em 19/10/2018 11:11
Cerca de 50 pessoas, entre servidores e terceirizados dos ministérios, seriam clientes dos traficantes
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) concedeu liberdade a Dimas Carvalho. Ele estava preso preventivamente desde fevereiro deste ano, acusado de integrar grupo criminoso acusado de vender cocaína na Esplanada dos Ministérios. O réu foi alvo da Operação Delivery, da Polícia Civil. À época, os agentes detiveram mais 22 pessoas integrantes da quadrilha.

O tempo de tramitação do processo fez com que os desembargadores do TJDFT à frente do caso decidissem pela liberdade do réu. De acordo com eles, a duração razoável do processo criminal é de 105 dias, não podendo ultrapassar 148 dias, no procedimento ordinário. No procedimento sumário, o tempo de prisão não pode ultrapassar 178 dias, na primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri. O acusado estava preso a mais de 200 dias.

Para a conclusão do processo, falta o interrogatório de apenas um réu preso junto com o grupo criminoso. Os desembargadores concluíram que a demora para o tramite "configura constrangimento ilegal e manutenção da preventiva do paciente".
O Correio entrou em contato com a defesa do réu, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

Em 6 de fevereiro, um grupo acusado de vender drogas para servidores públicos foi preso durante operação da Polícia Civil. A quadrilha mantinha um serviço de tele-entrega e tinha cerca de 50 clientes fixos. Eles telefonavam ou trocavam mensagens por celular com os traficantes, que entregavam a droga em frente aos edifícios. O bando, segundo a corporação, fornecia, principalmente, cocaína em órgãos da administração pública, na Esplanada dos Ministérios. Os investigadores detiveram 23 acusados.

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